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Transtorno Dissociativo: O Que É, Causas e Como Se Manifesta?

Conheça o Transtorno Dissociativo, Descubra Suas Causas e Como Ele Se Manifesta Emocionalmente

O Transtorno Dissociativo é um distúrbio psicológico que afeta a identidade, a memória e a consciência, levando o indivíduo a episódios de desconexão da realidade e, em casos mais graves, ao desenvolvimento de diferentes estados de identidade.

Esse transtorno está fortemente associado a traumas significativos, especialmente aqueles vivenciados na infância, quando o psiquismo adota mecanismos de defesa para lidar com eventos emocionalmente insuportáveis. Como consequência, a pessoa pode apresentar falhas na memória, distorção da identidade e dificuldades para manter um senso de continuidade na própria vida. 

Neste artigo, abordamos em detalhes o que é o Transtorno Dissociativo, como ele se manifesta e quais são suas principais causas. Boa leitura! 

O que é Transtorno Dissociativo?

O Transtorno Dissociativo é caracterizado pela desconexão entre pensamentos, sentimentos, identidade e percepção da realidade. Essa dissociação pode ocorrer de maneira momentânea ou prolongada, dependendo da gravidade do caso. Em muitos indivíduos, o transtorno se desenvolve como uma resposta automática a eventos traumáticos, funcionando como um mecanismo de defesa para evitar o sofrimento emocional. Existem três principais tipos de Transtornos Dissociativos:

  • Amnésia Dissociativa, que se manifesta por perdas de memória relacionadas a eventos específicos; 
  • Transtorno de Despersonalização/Desrealização, no qual a pessoa sente que está desconectada do próprio corpo ou do mundo ao redor; 
  • Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), a forma mais grave do distúrbio, em que diferentes estados de identidade se manifestam no mesmo indivíduo.

Em todos os casos, é fundamental buscar apoio profissional para o diagnóstico e tratamento adequados, visando o manejo dos sintomas e a recuperação da estabilidade emocional e cognitiva.

O que é uma crise dissociativa?

Uma crise dissociativa ocorre quando a pessoa perde temporariamente o contato com a realidade, vivenciando um estado de desconexão intensa que pode afetar sua percepção, memória e senso de identidade. Durante essas crises, o indivíduo pode sentir como se estivesse fora do próprio corpo, experimentar uma sensação de irrealidade ou apresentar um apagão mental, sem recordar o que aconteceu. 

É possível, ainda, que possam surgir dificuldades para reconhecer a si mesmo ou às pessoas ao redor, episódios de desorientação, confusão psicológica e mudanças bruscas no comportamento. Algumas crises vêm acompanhadas de sintomas físicos, como tontura, tremores e sensação de formigamento, tornando a experiência ainda mais angustiante. 

A duração das crises varia, podendo ser breve, durando minutos, ou se estendendo por horas e, em alguns casos, até dias. O estresse intenso, situações que remetem a traumas passados e emoções reprimidas são alguns dos principais gatilhos para essas crises, tornando essencial a busca por estratégias para identificá-las e manejá-las de forma adequada.

Como identificar a dissociação no Transtorno Dissociativo?

A dissociação pode ser identificada por meio de sinais que indicam uma desconexão entre a mente e a realidade. Pessoas que apresentam esse fenômeno frequentemente descrevem sensações de estranhamento em relação ao próprio corpo, dificuldade para lembrar eventos importantes de suas vidas e momentos em que perdem a noção do tempo. 

É comum que relatem a impressão de estarem observando suas próprias ações como se fossem espectadores de si mesmas. Em alguns casos, a dissociação pode ser sutil e se manifestar apenas como uma dificuldade para se concentrar ou como uma sensação de irrealidade passageira, mas, em quadros mais severos, pode comprometer a funcionalidade do indivíduo e afetar sua capacidade de tomar decisões e interagir socialmente.

Quando a dissociação começa a interferir na vida cotidiana, dificultando o funcionamento no trabalho, nos relacionamentos ou na realização de atividades diárias, é fundamental procurar a orientação de um profissional de saúde mental. Uma psicóloga, por exemplo, pode ajudar a identificar a origem dos sintomas, avaliar a gravidade do quadro e indicar o tratamento mais adequado. 

Como age uma pessoa com Transtorno Dissociativo?

O comportamento de uma pessoa com Transtorno Dissociativo pode variar de acordo com o grau e o tipo de dissociação que ela experimenta. Indivíduos com esse transtorno podem ter mudanças bruscas de comportamento, apresentar falhas de memória frequentes e sentir dificuldade para manter relações interpessoais estáveis.

Nesse contexto, é comum que muitas dessas pessoas relatem episódios de desorientação, sensação de irrealidade e momentos em que sentem que estão "desligadas" do ambiente ao redor.

É importante retomar que existem três principais tipos de Transtorno Dissociativo. A Amnésia Dissociativa se manifesta por perdas de memória relacionadas a eventos específicos ou períodos da vida. O Transtorno de Despersonalização/Desrealização faz com que a pessoa sinta que está desconectada do próprio corpo ou do mundo ao seu redor.

Já o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é caracterizado pela presença de diferentes estados de identidade que podem assumir o controle do comportamento em momentos distintos. Cada uma dessas manifestações pode impactar a vida do indivíduo de formas diversas, tornando essencial a busca por diagnóstico e tratamento adequado.

Como o TDI se manifesta?

O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) se manifesta principalmente por meio da desintegração da identidade de uma pessoa, geralmente como uma resposta a traumas significativos, especialmente na infância. Em vez de múltiplas identidades completamente separadas, o TDI resulta em diferentes estados dissociativos que surgem em momentos distintos.

Essas "partes" da identidade podem refletir experiências passadas que não foram adequadamente integradas à percepção de si, criando diferentes formas de perceber e reagir ao mundo. 

As alternâncias entre esses estados podem ocorrer de forma abrupta ou gradual e são frequentemente desencadeadas por gatilhos emocionais, como situações que lembram o trauma vivido. Durante essas transições, é comum que a pessoa experimente mudanças no comportamento, como alterações na postura, no tom de voz e na maneira de se expressar.

Nesse contexto, ela pode apresentar lapsos de memória e sentir confusão e desorientação. Muitas vezes, a pessoa não tem plena consciência de todas as partes dissociativas, o que pode dificultar a construção de uma narrativa contínua e coesa de sua própria vida.

O que leva uma pessoa a desenvolver o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI)? 

O desenvolvimento do Transtorno Dissociativo de Identidade está fortemente relacionado a traumas vivenciados na infância, principalmente aqueles causados por abusos físicos, sexuais ou emocionais prolongados.

Durante esse período da vida, o cérebro da criança ainda está em desenvolvimento, e, para lidar com o sofrimento, ele pode desintegrar ou não integrar a identidade como uma forma de autoproteção. Dessa maneira, “diferentes personalidades” são criadas para absorver e processar as experiências traumáticas, permitindo que a parte principal da identidade do indivíduo permaneça "intacta".

Além dos traumas, fatores como negligência emocional, violência doméstica e a ausência de uma rede de apoio na infância também podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno. 

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Conclusão

O Transtorno Dissociativo é uma condição complexa que pode afetar profundamente a identidade e a percepção da realidade de um indivíduo. Desde episódios de amnésia e despersonalização até a desfragmentação de identidade, esse transtorno impacta a vida cotidiana e exige um tratamento especializado para ser controlado. 

O diagnóstico precoce e o acompanhamento psicológico adequado são fundamentais para ajudar a pessoa a integrar sua identidade e a desenvolver estratégias para lidar com os sintomas. A terapia, especialmente aquela focada no trauma, pode ser extremamente eficaz no tratamento da dissociação. 

Caso você ou alguém próximo apresente sinais desse transtorno, é essencial buscar ajuda profissional o quanto antes. Com o suporte adequado, é possível recuperar a sensação de identidade e levar uma vida mais equilibrada e funcional. Entre em contato e agende uma consulta! 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.