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Bipolaridade: tipos, diferenças e opções de tratamentos

Compreenda melhor as nuances da bipolaridade e saiba como cuidar dos sintomas desse transtorno 

O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracteriza-se por mudanças extremas de humor, energia e dinâmica de funcionamento psicológico. As oscilações de humor podem variar de episódios de mania extrema a períodos de depressão profunda. O transtorno bipolar é uma condição crônica e requer tratamento contínuo para ajudar a gerenciar os sintomas. Neste texto, exploraremos os diferentes tipos de transtorno bipolar, suas diferenças, as condições que podem ser confundidas com o transtorno, as sequelas associadas, o que deve ser evitado por pessoas com bipolaridade e as opções de tratamento disponíveis.

Quais os 4 tipos do transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é classificado em quatro tipos principais: transtorno bipolar I, transtorno bipolar II, transtorno ciclotímico e transtorno bipolar não especificado (TB-NE). Cada tipo tem suas características únicas e pode afetar os indivíduos de maneiras diferentes.

Transtorno Bipolar l

O transtorno bipolar I é caracterizado por episódios de mania que duram pelo menos sete dias ou por sintomas maníacos que são tão graves que necessitam de hospitalização imediata. Episódios depressivos ocorrem também, geralmente durando pelo menos duas semanas. 

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O transtorno bipolar II, por outro lado, envolve um padrão de episódios depressivos e hipomaníacos, mas sem os episódios maníacos completos encontrados no bipolar I. 

Transtorno ciclotímico 

O transtorno ciclotímico é definido por períodos de sintomas hipomaníacos e depressivos que duram pelo menos dois anos, mas não atendem aos critérios diagnósticos completos para episódios hipomaníacos e depressivos. 

Transtorno bipolar não específico 

Finalmente, o transtorno bipolar não especificado é usado para descrever os casos que não se enquadram precisamente nos critérios para os outros três tipos, mas ainda assim envolvem sintomas bipolares claros.

Qual a diferença entre transtorno bipolar tipo 1 e tipo 2?

A principal diferença entre o transtorno bipolar tipo 1 e tipo 2 reside na gravidade e na natureza dos episódios maníacos e depressivos. No transtorno bipolar tipo 1, os indivíduos experimentam episódios maníacos completos, que são períodos de humor extremamente elevado ou irritável, acompanhados de aumento da energia, comportamentos impulsivos, e, frequentemente, uma desconexão da realidade. Esses episódios maníacos podem ser tão severos que necessitam de hospitalização para prevenir comportamentos perigosos, como mencionado anteriormente.

Por outro lado, o transtorno bipolar tipo 2 é caracterizado por episódios de hipomania, que são menos intensos que os episódios maníacos do tipo 1. Embora a hipomania ainda envolve um humor elevado e aumento de energia, esses sintomas não chegam ao ponto de causar prejuízos severos na vida diária ou necessitar hospitalização. Ademais, o transtorno bipolar tipo 2 inclui episódios depressivos graves, que podem ser tão debilitantes quanto os encontrados no tipo 1. A distinção e a avaliação realizada por uma profissional especializada é crucial para o tratamento, já que as estratégias podem variar significativamente entre os dois tipos.

O que pode ser confundido com o transtorno bipolar?

Várias condições de saúde mental podem ser confundidas com o transtorno bipolar devido à sobreposição de sintomas. Transtornos como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno de personalidade borderline (TPB), e até mesmo a depressão unipolar podem apresentar sintomas semelhantes aos do transtorno bipolar.

O TDAH, por exemplo, envolve sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade que podem se assemelhar à hipomania ou mania no transtorno bipolar. Da mesma forma, o transtorno de personalidade borderline compartilha sintomas de mudanças de humor rápidas e intensas, comportamentos impulsivos e dificuldades interpessoais, tornando-o frequentemente confundido com transtorno bipolar. A depressão unipolar também pode ser confundida, especialmente em casos de bipolaridade tipo 2, onde a depressão é um componente significativo. A principal diferença é a ausência de episódios maníacos ou hipomaníacos na depressão unipolar.

Quais as sequelas do transtorno bipolar?

O transtorno bipolar pode deixar várias sequelas em diferentes aspectos da vida de um indivíduo, especialmente se não tratado adequadamente. As consequências mais comuns incluem dificuldades em manter relacionamentos pessoais e profissionais, devido às mudanças de humor extremas e imprevisíveis. Ademais, o desempenho acadêmico e profissional pode ser seriamente prejudicado, com episódios de mania ou depressão levando a ausências, baixa produtividade e dificuldades de concentração.

No plano físico, o transtorno bipolar pode estar associado a uma maior incidência de doenças cardiovasculares, diabetes e outras condições de saúde, muitas vezes como resultado de comportamentos de risco durante episódios maníacos ou depressivos. Também há um risco aumentado de indivíduos tentando automedicar seus sintomas com álcool ou outras substâncias.

Como é o tratamento para bipolaridade?

O tratamento para o transtorno bipolar é multifacetado, envolvendo uma combinação de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida. Os estabilizadores de humor são frequentemente a base do tratamento medicamentoso e ajudam a controlar as oscilações de humor. Outros medicamentos, como antipsicóticos e antidepressivos, podem ser adicionados conforme necessário para gerenciar sintomas específicos.

A psicoterapia é uma parte vital do tratamento, com abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajudando os indivíduos a entender e gerenciar seus sintomas, desenvolver estratégias de enfrentamento e melhorar os relacionamentos interpessoais. A psicoeducação também é importante, pois educar os pacientes e suas famílias sobre o transtorno bipolar pode melhorar a adesão ao tratamento e reduzir o estigma.

Nesse sentido, mudanças no estilo de vida são essenciais para o manejo eficaz do transtorno bipolar. Isso inclui manter uma rotina regular de sono, alimentação equilibrada, exercícios físicos e práticas de relaxamento. A adesão ao tratamento, a monitorização dos sintomas e a construção de uma rede de apoio são cruciais para a estabilidade a longo prazo.

Conclusão

O transtorno bipolar é uma condição complexa que pode ter um impacto significativo na vida dos indivíduos afetados. Compreender os diferentes tipos de transtorno bipolar, suas diferenças, e as condições que podem ser confundidas com ele é essencial para o diagnóstico e tratamento eficaz. As sequelas do transtorno podem ser graves, mas com um tratamento adequado, muitas pessoas com transtorno bipolar podem levar vidas produtivas e satisfatórias. Evitar comportamentos e situações que exacerbam os sintomas, junto com um plano de tratamento abrangente, pode ajudar a gerenciar a condição e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. O suporte contínuo de profissionais de saúde, familiares e comunidades é fundamental para o sucesso no manejo do transtorno bipolar.

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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