O termo stress tem origem na física, o seu significado original é o de fricção, ou desgaste provocado por fricção. As energias vão sendo roubadas pela fricção de um corpo em relação aos outros.

O estresse é frequentemente objeto de incompreensão e estigmatização. Quando nos deparamos com uma situação de perigo, ou quando vivenciamos situações de ansiedade, o nosso corpo reage criando condições físicas para que possamos responder rapidamente à situação que se apresenta. Tal reação física era essencial nos ambientes inóspitos em que nossos ancestrais viviam, disputando comida e território com outros animais. Luta ou fuga eram as opções. Mas atualmente, é o mundo do trabalho e das relações sociais e suas expectativas- que introjetamos, ou seja, levamos como se fossem as nossas expectativas individuas- que nos estressam continuamente, nos preparando para um embate que geralmente não ocorre.

O estresse, que é um estado de ansiedade, é uma ferramenta de adaptação. Atualmente são preocupações com coisas abstratas mais do que concretas que disparam o estresse: o desemprego, os preços altos, as perspectivas futuras, os muitos compromissos econômicos cotidianos e assim por diante. Apesar de essencial à nossa vida em alguns momentos, para nos deixar mais alertas e ativos diante de situações de perigo, as consequências de um estresse contínuo e "artificial" são danosos.

Os trabalhadores, por exemplo, sentem estresse quando as exigências do seu trabalho são excessivas, superando a sua capacidade de resposta. Assédio moral e sexual, falta de participação nas decisões da empresa, e alienação do próprio trabalho também são causas de estresse no mundo do trabalho.

Além de problemas de saúde mental, os trabalhadores afetados por estresse prolongado podem acabar desenvolvendo graves problemas de saúde física, como doenças cardiovasculares ou lesões músculo esqueléticas. Para a administração os efeitos negativos incluem um fraco desempenho geral da empresa, aumento do absenteísmo e aumento das taxas de acidentes e lesões.

O estresse ou ansiedade contínua pode levar ao esgotamento: estado que resulta da persistência crônica da ansiedade exagerada, e pode ter origem em duas situações: externa a pessoa, como uma ameaça constante que afetaria qualquer indivíduo e, por outro lado, uma ameaça específica para um determinado indivíduo, devido a suas qualidades individuais.

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A tensão do estresse gera reações físicas como sudorese, taquicardia, agitação motora e outras que vão construindo uma história individual a qual a pessoa deve ficar atenta para saber se tais reações são frequentes e tentar lidar com o estresse se questionando quais situações, internas e externas, podem estar causando os episódios de ansiedade. Conhecendo os disparadores do estresse é possível encerrar o ciclo de estresse. E se necessário um bom profissional pode ajudar nessa busca de mais equilíbrio.

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Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

Referências bibliográficas: CODO,W. VASQUES-MENEZES, I. O que é burnout -

Educação: carinho e trabalho, 237-254. Editora Vozes, 1999.