Psicanálise e depressão
Depressão: um caleidoscópio multicolorido. Estase ou Êxtase
Podemos chamar a depressão de doença do sec. XXI. Assim como a histeria predominava no sec. XVIII XIX na época de Freud.
Uma das expressões da fragilidade humana, principalmente nesse mundo contemporâneo onde os valores individuais, familiares e sociais estão de “de pernas pro ar”.
Como detectar a depressão?
Sensação de vazio, acordamos com sentimentos de tristeza, desesperanca, desamparo, culpa, pensamentos de punição, auto críticos, sem estímulos para as atividades externas. No nível corporal, tornamos mais lentos, um grande cansaço, insônia, a norexia, diminuição da pulsão sexual, etc...necessidade de dormir fora de hora, algumas vezes excesso de comer que pode substituir a anorexia.
Se a depressão é um fenômeno corriqueiro em nosso cotidiano, então, como justificar sua inclusão nos quadros clínicos. Quando o sujeito deprimido precisa de ajuda psicológica, e as vezes medicamentosa. A depressão atua como estase, ou seja nos bloqueia diante a vida, sem estimulo, fazendo com que nos engailoamos em si próprio. Já por sua vez, como Extase, poderá colaborar na criatividade, como conquista de uma etapa do desenvolvimento emocional. Poderá ser joio ou trigo. Daí a nossa liberdade, responsabilidade e criatividade. Afinal podemos ser “galinhas ou águias”.
O que torna as pessoas depressivas
Vivemos atualmente num constante terremoto de valores éticos, morais, sociais, etc....o “certo e o errado” já não e mais determinado pela socialização, faz parte de uma complexidade interna e externa do individuo.
Ansiedade excessiva que bloqueia, síndromes do pânico, medo da vida e do viver, tristeza desesperançosa, enxergamos tudo nebuloso, cinzento, as vezes ate obscuro, que nos faz fecharmos em nos pp.
Como um caracol escondo na minha própria redoma.
Historicamente, a depressão inicialmente foi falada pelos filósofos, como uma expressão de um mal funcionamento orgânico ( disfunção da biles – amarela , preta, etc...) denunciava um mal estar da “alma”.
Com o surgimento da psicologia, novos olhares redimensionaram este conceito, e a psicanalise com seu olhar especifico, inicialmente, Freud, define como “conflito intersistemico”, fusão da representação do self e do objeto a agressão originalmente dirigida contra o objeto, foi voltada contra o Self. Este autor, inicialmente fala em LUTO e Melancolia e outros textos, diz da serie complementar de fatores casuais, constitucionais e hereditários.
Varios são os psicanalistas que repensaram esse conceito, desde a Escola Kleiniana nos fala de “posição depressiva” no desenvolvimento do individuo, Escola Lacaniana direciona todo para a dificuldade de elaboração da angustia de castração, e assim outros psicanalistas colaboraram e colaboram com seu “olhar” sobre a depressão.
D.W.Winnicott, usava o termo “concernimento” para se referir a depressão, e num texto apresentado ao Instituto de Educação da Universidade de Londres (1963) afirma: "a moralidade mais feroz e aquela da primeira infância, que persiste como um marco da natureza humana e pode ser discernida ao longo de toda a vida da pessoa. A moralidade não e ensinada. "Para o bebe, a imoralidade e submeter-se a custa de um modo de vida pessoal" ou seja, quando nasce, “pega o bonde da vida andando" ent ã o como assimilar a educação sem tolher a criatividade? SER ou TER... eis a questão.
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COMO A PSICANÁLISE CURA DEPRESSAO
Importante salientar que a palavra Cura vem de CUIDAR.
A própria inquietude humana quer nos dizer algo, precisa ser falado para ser compreendido. A psicoterapia é uma das formas que a depressão pode ser melhor compreendida, curada, elaborada e transformada.
Muitas vezes, necessário também o suporte medicamentoso, nisso o Psiquiatra que junto com o Psicologo clinico ou Psicanalista, podera favorecer uma melhor compreensão sobre esse estado de espírito, como dizem os poetas, ao cantarem a Dor Humana.
Psicólogo Paulo Cesar Pereira - Psicanalista CRP 06/7087-3