Terapia para tratar sintomas agudos de ansiedade
A ansiedade é inseparável da nossa condição humana. Uma emoção presente em maior ou menor grau em todos os estágios da vida que pode se tornar patológica se ficar desequilibrada.
A ansiedade é inseparável da nossa condição humana. Uma emoção presente em maior ou menor grau em todos os estágios da vida que pode se tornar patológica se ficar desequilibrada. Uma das terapias mais utilizadas para tratamento dos sintomas agudos de ansiedade é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) que discutiremos a seguir.
A Terapia Cognitivo Comportamental estuda as relações entre cognição e comportamento, possui um aparato técnico-teórico direto, breve e específico e se caracterizada por ter sessões clínicas estruturadas e definidas, orientadas ao presente, trabalhando com demandas atuais.
Ansiedade e depressão
O que fazer para controlar a ansiedade?
Relaxamento e Respiração
Quando ansiedade vira depressão?
Ansiedade e depressão
A ansiedade atinge grande parte da população no mundo todo e pode ser caracterizada como transtorno psiquiátrico ou como reação emocional disfuncional, envolve uma combinação de sintomas físicos, alterações no pensamento e comportamento.
Em um contexto funcional, podemos dizer que a ansiedade é uma reação normal e necessária de uma pessoa.
Pesquisas mostram que a ansiedade é relacionada com a depressão, sendo apresentada na literatura como cada vez mais frequentes e em diversas populações.
Há relação entre transtornos de depressão e de ansiedade em diversas idades, bem como sintomas isolados dos mesmos em casos menos severos.
O que fazer para controlar a ansiedade?
O manejo de ansiedade possui suas próprias técnicas de intervenção, o treinamento em relaxamento, por exemplo, possui resultados positivos quando são aplicados devidamente e seguidos diariamente pelos pacientes.
A TCC utiliza técnicas de intervenção como uma variedade de treinos comportamentais, visualização dos acontecimentos, higiene do sono e a psicoeducação.
Essas técnicas são aprendidas no contexto clínico e treinadas fora dele pelo(a) paciente, durante momentos de crises ou desconfortos.
Relaxamento e Respiração
O relaxamento é uma técnica utilizada para reduzir a ansiedade a partir de uma perspectiva onde o(a) paciente se perceba como um(a) agente que controla a situação, ao invés de ser controlado(a).
A técnica envolve procedimentos que variam desde controle respiratório até a criação de imagens mentais que facilitem o andamento da terapia.
As técnicas comportamentais relativas à ansiedade podem trabalhar ao mesmo tempo mente e corpo. Tais intervenções são possíveis realizando técnicas de relaxamento, respiração diafragmática, relaxamento passivo e progressivo.
O relaxamento é a técnica mais utilizada em TCC e possibilita uma nova postura diante das situações ansiógenas.
As técnicas de respiração são as mais conhecidas, até por outras áreas da saúde, sendo mais pesquisadas no que diz respeito à ansiedade. As técnicas envolvendo respiração variam de acordo com o objetivo pretendido. No caso da técnica da respiração diafragmática, por exemplo, é exercitada a respiração correta através de orientações sobre a postura e movimento pulmonar.
Em conjunto às técnicas de relaxamento há o treino respiratório, que treina o uso do músculo do diafragma durante o ciclo respiratório de forma mais eficaz do que a que geralmente nos acostumamos ao longo da vida.
Johannes Heinrich Schultz (1884-1970) é o criador da famosa técnica do relaxamento autógeno. O autor conceitua a questão do relaxamento como sendo algo de natureza psicofisiológica e, por este motivo, diretamente interligada. O treinamento autógeno seguiria princípios como indução e controle; ciclos de exercícios mentais; estados sugestionados e autonomia.
O método de relaxamento criado por Edmund Jacobson (1888-1983) conhecido como Relaxamento Progressivo de Jacobson consiste em concentrar e relaxar os músculos através do pensamento induzido, objetivando reduzir a tensão desnecessária.
Mesmo que a ansiedade não seja eliminada através desse método, a pessoa deve experimentar mais autonomia frente às situações estressantes.
Dentre as formas de relaxamento estão também o relaxamento muscular progressivo (RMP) que promove contração e relaxamento em grupos musculares.
Há também: o exercício de visualização, imaginar situações confortáveis, que como o nome sugere, significa induzir o(a) paciente a imaginar-se em situações que provoquem relaxamento; e meditação, que objetiva um bem estar físico e mental através da aceitação de pensamentos para posterior obtenção de habilidade para desfazer-se dele.
Quando ansiedade vira depressão?
Nas reações de ansiedade, há uma antecipação de situações desagradáveis futuras semelhantes às vistas nas depressões (expectativas negativas do futuro).¹
No entanto, pacientes deprimidos(as) se vêem como já prejudicados(as) e sua visão do futuro é essencialmente uma reprodução de sua imagem do presente.¹
Pessoas ansiosas, por outro lado, antecipam certas experiências potencialmente prejudiciais, mas são capazes de manter uma autoestima positiva.¹
Além disso, ao contrário de pacientes deprimidos(as), elas são capazes de antecipar que certas experiências no futuro podem ser agradáveis e pelo menos alguns empreendimentos podem ter um resultado favorável.¹
A ansiedade é uma emoção natural que pode se tornar um desconforto constante, e quando isso acontece pode ser necessário tomar algumas precauções ou mesmo buscar ajuda profissional.
Há vários transtornos psicológicos onde a ansiedade tem papel de destaque e é preciso atenção para que a situação não desmorone.
Vimos alguns das técnicas utilizadas pela Terapia Cognitiva Comportamental para sintomas agudos de ansiedade mas ela não são as únicas disponíveis. Para saber mais e descobrir se sua ansiedade é saudável ou prejudicial entre em contato conosco para uma avaliação.
Marisa de Abreu Psicóloga CRP 06/29493 Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui
Referência:
ASSUNÇÃO, Wildson Cardoso; DA SILVA, Jeann Bruno Ferreira. Aplicabilidade das técnicas da terapia cognitivo-comportamental no tratamento de depressão e ansiedade. Revista Educação, Psicologia e Interfaces, v. 3, n. 1, p. 77-94, 2019.
1 BECK, Aaron T.; ALFORD, Brad A. Depression: Causes and treatment. University of Pennsylvania Press, 2009.