Ser o centro das atenções

"Ela só quer chamar atenção!" Quantas vezes você já ouviu esta frase?

Ela só quer chamar atenção!

Quantas vezes você já ouviu esta frase?

Percebo uma condenação implícita nesta frase, é como se chamar atenção fosse algo reprovável e ninguém jamais deveria querer chamar atenção para si.

Algumas vezes aprendemos desde cedo que pode ser feio ser o “centro das atenções”. Conforme sua geração ou o tipo de cultura na qual você está inserido você pode ter sido criado para passar despercebido pela vida. Talvez tenham lhe dito que quem chama a atenção padece de falha de caráter.

Percebo que há diferença entre chamar a atenção e ser inconveniente. Só porque alguém se sentiu incomodado com o fato de alguém estar chamando atenção não significa que o outro está perturbando. Pode significar que esta pessoa se sente desconfortável pelo fato de alguém ser considerada interessante, talvez não tenha tido muitas oportunidades em se sentir importante.

A realidade é que receber atenção pode ser essencial na vida de algumas pessoas.

Exemplos de atenção podem ser: se perceber como especial na vida de alguém, se sentir importante, se perceber interessante para si mesmo e para os outros, etc.

Todo mundo pode ter necessidade psicológica de receber atenção. Pode ser que algumas pessoas acabam hipercompensando a falta de atenção em suas vidas e acabam tendo comportamentos compensatórios como falar mais alto do que seria desejável, fazer mais gestos, usar roupas mais coloridas, dançar com mais entusiasmo, etc. Mas podemos perceber isto como um pedido de ajuda.

Uma pessoa me disse uma vez: “É muito bom se dar o direito de ser percebida sem morrer de vergonha e analisar cada palavra para ter certeza de que não está sendo inadequada”.

A pessoa que morre de vergonha a cada vez que está sendo o centro das atenções, seja porque está contanto uma estória em seu grupo de amigos, seja porque caprichou um pouco mais em seu visual, pode estar em um quadro ansioso chamado Fobia Social. Este quadro se refere as pessoas que de tanta timidez se fecham e preferem levar uma vida isolada do que se arriscar a receber qualquer julgamento alheio.

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