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Psicose: o que é e quais os sintomas mais comuns?

Você sabe o que é a psicose? Descubra  como ela afeta as pessoas diagnosticadas.

Cada pessoa possui uma forma singular de enxergar o mundo à sua volta. Algumas dessas pessoas conseguem perceber a realidade tal como ela é, entretanto, para outras é muito difícil encarar o mundo real, então recorrem à uma realidade alternativa. Neste caso, estamos nos referindo a pessoas que possuem uma organização psíquica psicótica. 

As pessoas que são diagnosticadas com o transtorno, são muitas vezes percebidas como aquelas que perdem o contato com a realidade, devido às múltiplas alucinações e delírios. Diante disso, podem possuir dificuldades em estabelecer relações, além de serem consideradas instáveis quando não estão em tratamento ou não possuem o diagnóstico adequado. 

Entretanto, é muito importante compreender o que é a psicose, quais são os seus sintomas e como ela afeta de diferentes maneiras cada indivíduo. Especialmente para evitar generalizações e preconceitos contra essas pessoas.

O que é Psicose? Definição psicológica.

Do ponto de vista psicológico, a psicose é considerada uma alteração no estado mental de uma pessoa. É uma maneira de interpretar o mundo a sua volta que está atravessada por alguns sintomas e interferências como alucinações e delírios. 

Ela pode ser caracterizada principalmente pela dificuldade de definir o que é ou não real. Isso porque, para as pessoas psicóticas a percepção delas do mundo é a realidade e todos os sintomas que as atravessam são percebidos como se de fato estivessem acontecendo, embora outras pessoas não psicóticas percebam a situação de uma maneira completamente distinta. 

Diante disso, uma característica central da psicose é a ausência da dúvida quanto à realidade da experiência vivenciada. Diferentemente de outras pessoas que podem constantemente estar duvidando se algo está mesmo acontecendo ou não.

Um exemplo: uma pessoa psicótica terá plena convicção de que está sendo perseguida e que será atacada a qualquer momento por algum grupo. Por outro lado, uma pessoa estruturalmente não psicótica, poderá ter dúvidas caso o mesmo aconteça com ela. 

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Quais são os principais sintomas da psicose?

Os sintomas mais comuns da psicose são: delírio e alucinação. Entretanto, outros sintomas podem derivar deles. Segue uma lista com os principais sintomas que afetam uma pessoa psicótica:

  • Delírios;
  • Alucinações;
  • Pensamentos desorganizados;
  • Constantes agitações;
  • Estado catatônico;
  • Dificuldade em estabelecer relações;
  • Dificuldade em confiar em outras pessoas;
  • Impulsividade;
  • Ansiedade persecutória;

Entre outros.

O que causa a psicose?

As raízes da psicose são variáveis. Há profissionais e pesquisadores que destacam seu caráter genético, outros enfatizarão às alterações neurológicas, mas também há os efeitos causados por experiências traumáticas que foram vivenciadas em momentos específicos da vida, causando uma reorganização da estrutura saudável de uma pessoa.

Uma pessoa não necessariamente nascerá psicótica, podendo desenvolver o transtorno no decorrer da vida. Além disso, é importante enfatizar que há uma diferença entre pessoas psicóticas e pessoas com surtos psicóticos.

As pessoas psicóticas são aquelas diagnosticadas com o transtorno e que possuem uma prevalência recorrente dos sintomas. Por outro lado, os surtos psicóticos são mais pontuais e podem ser desencadeados por diversas situações como grandes estados de sofrimento psíquico ou até mesmo a combinação equivocada de algumas substâncias como álcool, medicamentos e outros psicoativos.

Doenças que causam a psicose

A psicose, além das possíveis causas mencionadas anteriormente, pode ser derivada de algumas doenças, especialmente aquelas que alteram o estado mental de uma pessoa, como é o caso da doença de Alzheimer, infecções que atacam o cérebro, alguns tipos de epilepsia e derrames.

Estas doenças, por serem neurológicas, estão em contato direto com o estado perceptivo de uma pessoa, então podem causar delírios e alucinações, característicos da psicose. 

Além disso, é importante destacar que a psicose também pode estar relacionada a outros transtornos, se apresentando enquanto sintoma ou atuando em comorbidade com eles.

Tipos de psicose

A psicose não é única e ela pode se apresentar de diversas maneiras em diferentes pessoas. É importante compreender que ela é um transtorno oscilante, ou seja, além dos variados sintomas, também poderá ter seus episódios psicóticos mais intensos e ativos em alguns momentos.

Neste caso, é possível mencionar alguns transtornos que também podem ser considerados psicóticos ou classificados como tipos de psicose:

  • Transtorno de bipolaridade;
  • Esquizofrenia;
  • Transtorno esquizoafetivo;
  • Transtorno delirante;
  • Transtorno psicótico breve;

Este último é um bom exemplo de psicose derivada de situações traumáticas ou extremamente estressantes para uma pessoa. 

É possível curar a psicose?

Para este questionamento é importante levar em consideração que há sim tratamentos para a psicose, mas não significa que eles sejam formas de cura, afinal, uma pessoa psicótica não está doente. Ela possui uma condição psíquica diferente de outras pessoas, assim como pessoas que possuem outros tipos de transtornos. 

Diante disso, o tratamento atua para que ela consiga viver de uma maneira mais saudável, sem tantos sofrimentos e conseguindo estabelecer relações socioafetivas e conviver em sociedade.

Para isso, cada caso será avaliado de forma singular para compreender como aquela pessoa está sendo afetada e quais os prejuízos estão sendo causados para ela. 

Em alguns casos será necessário o uso de medicamentos associado à psicoterapia. Nesse sentido, profissionais da área da psicologia são essenciais para a promoção do bem-estar para essas pessoas e suas famílias.

Por isso, saiba que você pode procurar um profissional qualificado que irá te orientar e te ajudar caso você esteja passando por uma situação parecida.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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