Preciso contar tudo ao psicólogo?
Já ouvi falar de pessoas que declararam medo de contar ao psicólogo pensamentos ou coisas que fizeram e ser considerado louco, desonesto, mal caráter, ou qualquer outra crítica.
Já ouvi falar de pessoas que declararam medo de contar ao psicólogo pensamentos ou coisas que fizeram e ser considerado louco, desonesto, mal caráter, ou qualquer outra crítica.
Por isso acho interessante informar que o psicólogo recebe em sua formação todo um olhar ao comportamento e pensamento de seu paciente sempre voltado a análise dos aspectos psicológicos que esta pessoa possa estar passando, sem julgar.
Coisas que as pessoas pensam e tem medo de contar ao psicólogo
Pensamentos “loucos” todos podemos ter, a grande questão seria identificar o quanto estes pensamentos significam disfunção psicológica, mesmo porque o que pode ser considerado "louco" por uma pessoa pode não ser necessariamente parte de algum quadro clinico. Por exemplo, pensamentos de se jogar da janela quando se está em andares muito altos quando a pessoa se aproxima do batente da janela – pode ser comum. Este pensamento por si só não demonstra falta de equilíbrio psicológico, devemos avaliar todo o contexto. Se esta pessoa estiver passando por uma depressão ou situações negativas muito fortes neste momento de vida, este pensamento pode significar que um suicídio esta sendo cogitado pela pessoa – e neste caso este pensamento deve ser levado ao psicólogo com urgência e sem medo do que o psicólogo poderia pensar. Outros pensamentos, quer sejam de natureza sexual, agressiva ou fora do comum também são analisados pelo psicólogo sob a luz da compreensão e acolhimento, não do julgamento.
Coisas que as pessoas fazem e não querem contar ao psicólogo
Quando uma pessoa faz algo que a sociedade reprova esta pessoa poderá ter medo de contar ao psicólogo. Por exemplo, uma moça que sai com muitos rapazes; homens que não tem a vontade de ser o garanhão que seus amigos tanto se vangloriam em ser; uma pessoa que sente impulsos diferentes como o de pegar coisas que não são suas mesmo não precisando; pessoas que choram quando estão só, e muitos outras situações. A informação destes comportamentos no processo terapêutico podem ajudar para que o psicólogo entenda o modo de funcionar desta pessoa. Não que seja obrigatório se expor de forma completa logo no primeiro momento, pois o tempo de cada um é respeitado.
Quando o psicólogo entra em seu consultório passa a ter um olhar técnico que engloba todo seu estudo da psicologia a respeito do ser humano. Este olhar verá cada coisa que você faz ou pensa como informação para seu trabalho na psicoterapia.
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O psicólogo tem que gostar de seu paciente?
Algumas vezes me perguntaram isso, não sei qual seria a posição de outros profissionais mas eu acredito que o psicólogo tem que gostar da profissão. Muitas vezes ele acaba sentindo um carinho muito grande pelo desenvolvimento psicológico deste paciente, isto não significa que ele irá jantar com seu paciente e nem que se o vir na rua o tratará como melhor amigo, mas caso isso aconteça a forma como o psicólogo se comportará dependerá tanto da abordagem que pratica como de uma decisão baseada no que pode ser melhor para aquele caso, naquele momento. Um psicólogo pode se apaixonar pelo caso - pelo quadro clinico - e caso haja qualquer sentimento pessoal, de qualquer parte, ele é treinado para lidar com isso de forma profissional e poderá tomar a atitude que perceber de melhor benefício para o paciente.