Mulher Amélia
Terceira mulher - nem Amélia, nem moderna
Uma musica consagrou o termo Mulher Amélia como a “mulher de verdade”. Creio que hoje em dia assustaria quem ouvisse alguém dizendo que uma mulher de verdade não tem vaidade e acha bonito não ter o que comer.
Eis uma parte da letra de autoria de Ataulfo Alves e Mário Lago:
“Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado
Dizia: Meu filho, que se há de fazer
Amélia não tinha a menor vaidade”
As vezes eu penso se esta mulher existiu mesmo ou se houve uma época quando ser mulher era quase uma profissão na qual se obrigava a ter um homem ao seu lado para que ele fornecesse casa e comida. Nestas condições aceitar e considerar bonito o fato de passar fome era a única opção para quem não queria correr o risco de sair do casamento e perder o “emprego” de mulher de alguém.
Creio que o prazer na existência de “Amélias” possa estar mais na cabeça dos homens do que no coração das mulheres. Talvez algumas, mas acredito que poucas mulheres possam sentir prazer e realização em não ter vaidade e almejar muito pouco da vida. Talvez os homens se sintam mais seguros em ter “Amélias” ao seu lado pois esta mulher garante poucas exigências de proatividade.
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O caminho do meio, como dizem os budistas, é sempre o melhor para qualquer situação. Não imagino uma relação feliz com qualquer uma das partes fazendo o papel de eterno insatisfeito e tão cheio de amor próprio que não caiba espaço para gestos de amor dentro de casa. A mulher “super moderna”, antenada, e cheia de compromissos talvez não perceba que a empatia é algo precioso demais para ser deixado de lado.
Talvez o que faça um relacionamento funcionar seja o casal que respeita as necessidades, dores e fragilidades do outro a ponto de calar quando for necessário e falar quando for preciso.