Fim de relacionamento
Uma das maiores dores para algumas pessoas pode ser o fim de um relacionamento.
Algumas situações possíveis:
- Você não queria e/ou não esperava o fim deste relacionamento
- Você planejava este rompimento.
O interessante é que mesmo quando uma pessoa deseja, planeja ou tem a iniciativa do rompimento, pode haver dor.
Até mesmo relacionamentos ruins podem deixar um certo “buraco” emocional. Talvez o ser humano tenha sido feito para viver com outras pessoas. Mesmo relacionamentos ruins podem oferecer uma certa parceria e a possibilidade de contar com a outra pessoa em alguns momentos.
De toda forma o ser humano costuma ser feito de rotinas. Chegar em casa e encontrar sempre a aquela pessoa, ou final de semana receber sempre aquela ligação , que mesmo que não seja a pessoa ideal, ainda assim pode oferecer um certo sentimento de “aconchego”. Perder esta pessoa também pode ser doloroso.
Mas, percebo que o sofrimento mais intenso pode acontecer quando não esperamos e não desejamos o rompimento pois amamos esta pessoa e não conseguimos nos imaginar longe dela. Algumas vezes o fim do relacionamento acontece de surpresa, não havia sinais de insatisfação por parte da outra pessoa, ou porque ele tomou esta decisão repentinamente ou porque não tinha habilidades para ir colocando suas insatisfações.
Porque relacionamentos acabam?
Algumas vezes o sentimento simplesmente vai se esvaindo, a rotina pode ser reconfortante para alguns mas para outros pode ir deixando lacunas que um dia se percebem enormes.
Algumas vezes um manifesta comportamentos, que parecem coisas pequenas, os quais o outro não aprova mas apesar de algumas conversas não houve interesse em mudança – talvez acreditasse que a reclamação do outro não seria suficiente para acabar com o relacionamento.
As vezes a causa é algo grande, como uma traição por exemplo. Muitos não superam o fato de serem traídos, por mais que o outro garanta que não houve grandes envolvimentos e nem continuidade.
Muitas vezes os relacionamentos são rompidos porque ao conhecermos a outra pessoa, pouco a pouco percebemos que aquela impressão inicial não corresponde a realidade da personalidade do parceiro. Algumas pessoas se esforçam por parecerem interessantes no inicio do relacionamento mas aos pouco percebemos que tratava-se apenas de uma forma como ele gostaria de ser e não de como ele é de verdade.
Como superar a dor do fim de um relacionamento
Se existe uma palavra que eu possa dar a todas as pessoas que procuram conforto neste momento tão difícil seria: Reconstrua-se. Aproveite a vivencia, mesmo que este rompimento não tenha sido sua escolha, use este turbilhão emocional como informações a seu próprio respeito. Creio que você pode aprender muito sobre si mesmo. Talvez esteja tendo reações que nunca imaginou que seria de seu feitio, talvez esteja tendo pensamentos e comportamentos que o faz não reconhecer a si mesmo, mas você pode crescer e sair renovado (a). Um psicologo pode ajudar quando procurado para realizar psicoterapia com o foco no fim do relacionamento.
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O luto pelo fim de um relacionamento
Psicóloga Yasmin Spaolonzi Daibs CRP 06/102878
O fim de um relacionamento, como muitos já devem ter vivenciado, é um momento bastante difícil. É comum que a separação traga uma dor que vai além da emocional. Muitas pessoas relatam, nesse momento, sensações físicas como falta de ar, dores no peito, alterações no apetite, no peso, no sono, entre outras.
Estes sentimentos surgem pois, diante do rompimento, o indivíduo sofre um luto, reagindo à perda do objeto de amor. O luto pode ser definido por um estado de espírito penoso, em que o interesse pelo mundo externo diminui e os pensamentos costumam girar em torno deste objeto perdido.
Apesar de ser doloroso, o luto é um processo natural e necessário, que não deve ser visto como patológico, a menos que se estenda por um longo período. Vale salientar que sua duração varia de pessoa para pessoa (Freud, 1974; Marcondes et al, 2006).
É comum que surja a sensação de confusão e de não compreensão do motivo que levou àquela situação. O fim de um relacionamento costuma acontecer quando ao menos uma das partes se depara com uma situação que, ao seu ver, não poderia ser resolvida de outra forma. Sendo assim, o término seria a única solução viável.
Em geral, a pessoa que foi abandonada costuma sofrer mais, tendo em vista que aquele que tomou a iniciativa para o rompimento, tem como anteparo o estímulo que o levou a agir, somado, muitas vezes, a um sentimento de renovação e alívio diante daqueles problemas que vinham lhe causando angústia. Entretanto, pode ser que mesmo aquele que tomou a iniciativa do término experimente sentimentos negativos, como culpa e tristeza. Ambas as partes passam a se questionar sobre o que poderiam ter feito de outra forma, a buscar explicações para o término e a lamentar pelos bons momentos perdidos.
Embora o sentimento de culpa traga a necessidade de reparação e resolução das “questões pendentes” com o outro, é importante entender que nem sempre há culpados e que o fim de um relacionamento não significa fracasso.
Na tentativa de aplacar estes momentos, podem surgir sentimentos de raiva e ódio, numa tentativa de, ao pensar nas coisas ruins, amenizar a dor, trazendo a sensação alívio por não ter perdido nada de grande valor (Klein & Riviere, 1975).
É comum que os pensamentos estejam voltados ao ex-companheiro, trazendo dúvidas sobre como ele estaria se sentindo, como tem lidado com a nova situação, o que tem pensado a respeito do relacionamento etc. Após um tempo de afastamento, estes questionamentos tendem a diminuir e aos poucos, toda energia dedicada ao outro, pode ser reinvestida em si próprio. Neste momento, pode ser de grande valia voltar a realizar atividades que tragam prazer, como fazer exercícios físicos, sair com seus amigos, dedicar-se ao trabalho, enfim, encontrar formas de investir em si mesma.
É natural que queiramos evitar as situações de sofrimento, entretanto, querer fugir destas fases não resolverá o problema, nem aliviará a dor. Com uma passagem adequada pelo período de luto, torna-se possível reconhecer que estar solteiro pode, sim, ser positivo. Caso você perceba que não consegue lidar sozinho com o fim do relacionamento, conte com a ajuda de um psicólogo. Faça sua psicoterapia de apoio.
FREUD, S. Luto e Melancolia. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
KLEIN, M. & RIVIÈRE, J. Amor, Ódio e Reparação. São Paulo: Imago, 1975.
MARCONDES, M. V., TRIERWEILER, M. & CRUZ, R. M. Sentimentos predominantes após o término de um relacionamento amoroso. Brasília: Psicol. cienc. prof. v.26 n.1, 2006
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Aceitando o fim do relacionamento
Entrevista para o portal Daqui Dali
Quando um relacionamento chega ao fim, quais os passos para que a pessoa se acostume com o término?
Mesmo quando a decisão partiu desta pessoa há casos onde ainda pode ser difícil seguir em frente, pois existirá uma nova rotina a qual terá que se adaptar. Aquela expectativa de programa com aquela pessoa e companhia já não existe mais e, mesmo não tendo sido um relacionamento satisfatório normalmente nos apegamos aos nossos hábitos e rotinas.
Pode ser interessante observar e criar novas áreas de interesse, pode ser um curso, um passatempo, etc. Desenvolver novas rotinas, por exemplo passar a fazer caminhadas, etc. Abrir oportunidades para conhecer novas pessoas, mesmo sem expectativa de novos relacionamentos agora, fazer amizades pode preencher um possível vazio.
O que facilitaria o processo de seguir em frente?
Cada pessoa tem sua realidade e sua dinâmica, talvez para uns a percepção que mesmo sendo bom viver em duplas, ainda é saudável aprender e desfrutar viver só, pode ajudar. Para outros o que poderia funcionar melhor seria perceber que pode ser uma boa companhia para si mesmo, para outros perceber que há mais pessoas a sua volta do que estava imaginando, etc.
Existem coisas que prolonguem e tornem o processo mais difícil?
Procurar indícios de sentimentos que já foram declarados inexistentes pode prolongar a aceitação da separação. Mas não há regras que possam ser aplicadas em todas as pessoas, para alguns manter fotos ou objetos que lembrem o antigo relacionamento pode ajudar, para outros atrapalhar, o mesmo vale para lembrar dos “bons tempos”, ou procurar informações da atual rotina no ex e desfrutar quando, e se, souber de momentos ruins pelos quais pode estar passando, etc.
Muitas pessoas reclamam que o antigo parceiro não as deixam em paz após o termino.
Para alguns pode ser difícil se desvincular, nem sempre quem teve a iniciativa do termino lida bem com isso. Pode ser que na maioria dos casos a parte não consegue romper o contato trata-se da pessoa que não teve iniciativa quanto ao termino, mas muitas a própria pessoa que decidiu pelo término do relacionamento não consegue parar de ligar, enviar e-mails, etc. Para estes casos pode ser necessário muito cuidado, pois algumas pessoas com dificuldades em aceitar rompimentos podem não ter controle de seus atos e acabarem atitudes não imaginadas. É preciso respeito pelo sentimento da outra pessoa e atitudes que reflitam isso.
Algumas vezes a dificuldade deste parceiro em aceitar o rompimento pode ser confundida com amor. O fato dele não conseguir se separar não significa necessariamente ama o outro, pode significar posse ou outra dificuldade.
Como conversar para que o fim seja menos traumático?
Creio que na maioria dos casos pode ser bem vindo uma conversa com bastante sinceridade, mas sem ferir. Não considero útil usar o momento do rompimento para vingar-se de algo que o parceiro tenha feito. Se você decidiu terminar não prolongue a relação transformando-a em oportunidade para revanches. Muitas vezes pode ser útil falar de seus sentimentos, por exemplo que o sentimento mais importante para que a relação se mantivesse, o amor, não existe mais e mesmo que tenha restado alguma amizade ou carinho não são sentimentos suficientes para manter o relacionamento.
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Entrevista cedida para o site DaquiDali
Superando o fim de um relacionamento
Quais os sentimentos mais comuns nas logo após o rompimento?
Cada um recebe a noticia ao seu modo. É possível que alguns sintam abandono, outros traição pois havia expectativa de continuidade, rejeição, solidão, etc. Um psicologo pode ajudar, no processo de psicoterapia, a superar o fim do relacionamento.
A pessoa que teve a iniciativa do termino, teoricamente, tem a situação em suas mãos e por isso normalmente fica um pouco mais fácil de administrar, mas mesmo assim o rompimento pode ser um momento difícil pois, de alguma forma, a pessoa que teve a iniciativa está dizendo a outra que este relacionamento amoroso não cabe mais em sua vida. Não necessariamente a rejeição se refere à pessoa pois é possível manter outro tipo de relacionamento como a amizade por exemplo.
Mas em outros casos a pessoa que pede o rompimento não deseja nenhuma forma de contato posterior. A ironia da coisa é que quanto maior o sofrimento que provocou a decisão de romper, como uma traição por exemplo, costuma ser menor a dor do termino, pois esta pessoa teria muito mais certeza de que este seria a decisão correta.
Os sentimentos mais comuns naquele que toma a iniciativa podem ser de insegurança quanto a estar fazendo a coisa certa. Talvez algum medo de ficar só e dúvidas quanto a possibilidade de que o que estava ruim no relacionamento possa ser corrigido.
Os sentimentos naquele que recebeu a noticia costumam ser mais fortes. Pode aparecer forte sensação de rejeição, pensamentos disfuncionais de que nunca mais conseguirá um novo relacionamento, culpa pelo que possa ter causado o rompimento e sensação de que não conseguirá uma nova rotina de vida sem a pessoa com a qual estava acostumada, etc.
O interessante é que o luto é comum tanto na pessoa que tomou a decisão como no outro, pois o fim de algo pode ser sempre muito difícil, pode haver dificuldade em encarar novas possibilidades de vida.
Quanto as diferenças entre os sexos eu não costumo perceber muita diferença. Somos tentados a pensar que as mulheres “sexo frágil” sofrem mais quando o homem termina o relacionamento. Mas na pratica clinica recebemos muitos homens com fortes dificuldades em lidar com a situação.
Por quanto tempo o sofrimento com um rompimento pode ser considerado "natural/comum"?
Podemos considerar que alguns meses, com regressão gradativa de sofrimento estaria dentro do normal conforme o caso. Mesmo assim não devemos considerar que o sofrimento normal não mereça atenção para que possa ser vivenciado de forma a não contaminar as esperanças e o comportamento nos próximos relacionamentos, pois mesmo que uma pessoa passe pelo processo de separação de forma um pouco mais tranquila é possível que ela mude seu comportamento de forma contaminar os próximos relacionamentos não se envolvendo tanto, sendo mais distante, menos carinhoso – talvez por medo de passar por outro rompimento.
Quais os erros mais comuns cometidos por pessoas que acabaram de terminar?
Algumas podem não respeitar o tempo da outra pessoa e continuam mantendo contato quando o outro não deseja. Talvez por culpa de ter rompido ou por esperança de que possa voltar a conquistar quando a iniciativa foi do homem. Outras pessoas podem tentar entrar o mais rapidamente possível em outro relacionamento sem avaliar o quanto seria interessante incluir esta nova pessoa em sua vida. Uns podem ficar reclusos demais e outros entrar em atividades demais sem avaliar os benefícios destas atividades. Creio que todo exagero pode ser prejudicial.
Tópicos:
Fim de relacionamento O que fazer? A sensação de que "algo tem que ser feito" pode imperar. Que tal avaliar em primeiro lugar se o desejo seria de fazer algo novo ou seria de fazer algo em relação ao relacionamento finalizado?
Fim de relacionamento Homem: Consideramos que o "sexo frágil" seria quem mais sofreria com fins de relacionamento, mas será mesmo verdade? Será que a sensibilidade masculina não aflora despertando sentimentos de abandono, isolamento, ou outros tantos possíveis em situações assim?
Fim de relacionamento Como lidar? A dificuldade pode surgir devido a novas rotinas que talvez seja necessário implementar. Na verdade cada pessoa terá o seu modo adequado de superação.
Fim de relacionamento Arrependimento pode bater mesmo depois do assunto ter sido muito bem analisado. Nestas situações vale avaliar a possibilidade de novo contato com a pessoa, quem sabe você perceba que ainda há alguma base para reestruturar novo relacionamento?
Fim de relacionamento com filhos. Algumas vezes a decisão pelo rompimento passa pela necessidade em não causar dor aos filhos.
Fim de relacionamento Sentimento de culpa pode surgir devidos pensamentos confusos quando a responsabilidade. Vale realizar uma auto avaliação quanto ao que de fato contribuiu para o rompimento. Caso perceba que precisa de ajuda nesta introspeção um psicólogo pode ajudar.
Fim de relacionamento tem volta? Esta resposta pode parecer simples uma vez que, aparentemente existem apenas duas possibilidades: Sim ou não. Mas será assim tão simples? Não existe uma resposta que possa ser dada sem que se conheça cada caso e sua dinâmica.
Fim de relacionamento traumático pode ocorrer quando situações fortes acompanharam o processo, como por exemplo traição, rompimento durante a gravidez, crises de ciumes, etc. É possível que algumas pessoas levem mais tempo para superar quando há grande carga emocional envolvida, mas cada pessoas reage a seu modo e sempre podemos contar com um psicólogo para que um trabalho mais abrangente seja feito.
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