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Compulsões: O que é um ato compulsivo e como identificar?

Entenda o que é um ato compulsivo e como identificar os principais sinais desse comportamento.

Compulsões são comportamentos repetitivos e incontroláveis que podem interferir significativamente na vida de uma pessoa.

Eles ocorrem em diversas formas, desde hábitos aparentemente inofensivos, como verificar excessivamente se as portas estão trancadas, até comportamentos mais graves, como gastar compulsivamente ou comer de forma exagerada.

O elemento comum em todas as compulsões é a dificuldade, ou até a incapacidade, de resistir a esses impulsos. As compulsões podem ser debilitantes se não forem reconhecidas e tratadas adequadamente.

A identificação e compreensão de atos compulsivos são essenciais tanto para aqueles que os experienciam quanto para seus familiares e amigos. Entender o que caracteriza uma compulsão e como ela se manifesta pode ser o primeiro passo para buscar ajuda e melhorar a qualidade de vida.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é um ato compulsivo, como identificar e conviver com uma pessoa compulsiva, e o impacto que esses comportamentos podem ter no dia a dia.

O que é um ato compulsivo?

Um ato compulsivo é uma ação repetitiva que uma pessoa sente uma necessidade incontrolável de realizar, muitas vezes para aliviar um desconforto emocional ou um pensamento obsessivo.

Esses atos podem ser físicos, como lavar as mãos constantemente, ou mentais, como revisar mentalmente eventos passados repetidamente.

A pessoa não sente prazer ao realizar essas ações, mas se sente compelida a fazê-las para reduzir uma ansiedade temporária ou um sentimento de desconforto. Muitas vezes, a compulsão é percebida pelo próprio indivíduo como irracional, mas a pressão interna para realizar o ato é tão intensa que é difícil resistir.

Compulsões diferem de hábitos comuns porque são desproporcionais à situação que as desencadeia.

Enquanto um comportamento habitual pode ser adaptativo, uma compulsão geralmente não é. Por exemplo, enquanto lavar as mãos após ir ao banheiro é uma prática higiênica, lavar as mãos repetidamente por horas, mesmo quando não há necessidade, caracteriza um comportamento compulsivo.

A repetição não alivia a ansiedade de forma permanente, criando um ciclo vicioso que acaba dominando a rotina da pessoa.

Como é uma pessoa compulsiva?

Pessoas compulsivas muitas vezes lutam para controlar os impulsos que as levam a realizar ações repetitivas.

Elas podem parecer presas a rituais ou rotinas que não fazem sentido para os outros. Um indivíduo com compulsão tende a se sentir angustiado ou ansioso quando não pode realizar seu ato compulsivo, o que pode gerar frustração, irritabilidade e até sofrimento psicológico. Isso ocorre porque a mente associa essas ações à redução de ansiedade, mesmo que temporária.

Como resultado, essas pessoas podem ficar presas em um ciclo de compulsão e alívio momentâneo, o que pode afetar suas interações sociais, trabalho e relacionamentos.

Ainda, pessoas compulsivas frequentemente experimentam vergonha ou embaraço em relação aos seus comportamentos, especialmente quando percebem que os atos são irracionais ou desnecessários.

Muitas vezes, essas pessoas tentam esconder suas compulsões de outras, o que pode levar ao isolamento social. Por exemplo, alguém com uma compulsão por verificar constantemente as fechaduras pode evitar sair de casa com outras pessoas ou demorar excessivamente para sair de um local, o que impacta suas relações e atividades cotidianas.

Como funciona a mente de um compulsivo?

A mente de uma pessoa compulsiva está frequentemente em estado de alerta, sempre à espera de um gatilho que possa desencadear os comportamentos repetitivos.

Esses gatilhos podem ser situações específicas, pensamentos intrusivos ou sentimentos de ansiedade. Uma característica comum na mente de alguém com compulsão é o pensamento obsessivo, no qual um pensamento indesejado se repete constantemente.

Para aliviar o desconforto causado por esses pensamentos, a pessoa realiza o ato compulsivo, criando a sensação temporária de que "tudo está sob controle". No entanto, essa sensação dura pouco, e o ciclo recomeça, como mencionado anteriormente.

Nesse sentido, há uma tendência de que pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos se reforcem mutuamente, dificultando ainda mais o rompimento do ciclo compulsivo sem tratamento adequado, como psicoterapia.

Como identificar um comportamento compulsivo?

Identificar um comportamento compulsivo pode ser desafiador, principalmente quando ele se confunde com hábitos comuns. A diferença chave está na frequência e intensidade do comportamento, bem como na sensação de falta de controle que a pessoa experimenta.

Comportamentos compulsivos geralmente surgem como uma resposta a pensamentos obsessivos ou a sentimentos intensos de ansiedade. Uma pessoa pode sentir uma necessidade avassaladora de realizar uma ação específica, como organizar objetos de forma perfeita ou conferir diversas vezes se desligou o fogão.

A repetição exagerada, mesmo quando desnecessária, é um sinal claro de compulsão.

Outro indicador de comportamento compulsivo é o sofrimento emocional que acompanha a realização ou a interrupção do ato.

Se o indivíduo experimenta angústia, frustração ou culpa por não conseguir controlar suas ações, isso pode ser um sinal de que ele está lidando com uma compulsão.

A observação atenta do comportamento, bem como o relato da própria pessoa sobre sua experiência interna, são formas eficazes de identificar uma compulsão. Por isso, buscar ajuda profissional é crucial para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Como conviver com uma pessoa compulsiva?

Conviver com alguém que apresenta comportamentos compulsivos pode ser desafiador, especialmente se não houver uma compreensão completa da condição.

A primeira estratégia é desenvolver empatia e paciência, entendendo que a pessoa não está realizando seus atos compulsivos por escolha ou prazer, mas devido a uma necessidade incontrolável.

Forçar a interrupção das compulsões pode aumentar a ansiedade e piorar a situação. Em vez disso, oferecer apoio emocional e estar presente para ouvir a pessoa sem julgamento pode ser de grande ajuda.

É importante incentivar o indivíduo a buscar tratamento profissional, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), dependendo da gravidade do caso.

Estar presente no processo terapêutico, oferecendo suporte, pode ser vital para que a pessoa sinta que não está sozinha em sua jornada. Ao mesmo tempo, é essencial que quem convive com uma pessoa compulsiva também cuide de sua própria saúde emocional, estabelecendo limites e buscando orientação quando necessário, para lidar de forma saudável com a situação.

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Conclusão

Compulsões são comportamentos repetitivos e incontroláveis que podem causar sofrimento significativo e interferir na vida cotidiana. Identificar e compreender os atos compulsivos é o primeiro passo para lidar com essa condição, tanto para quem sofre quanto para quem convive com a pessoa afetada.

Embora a mente de um compulsivo funcione de maneira que perpetua o ciclo de ansiedade e compulsão, é possível interromper esse padrão por meio de tratamento adequado e suporte emocional.

A empatia, o conhecimento e a busca por ajuda profissional são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e restaurar o equilíbrio emocional.

Com o apoio certo, tanto a pessoa com compulsão quanto seus entes queridos podem encontrar maneiras saudáveis de conviver e superar os desafios que surgem com os comportamentos compulsivos. Portanto, compreender a natureza dessas compulsões e agir com paciência e compreensão pode fazer uma enorme diferença no bem-estar de todos os envolvidos.

Buscar ajuda psicoterapêutica pode ser um primeiro passo para lidar com essa condição. Entre em contato e agende uma consulta inicial!

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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