Alcoolismo Tratamento
Com o advento da pesquisa cientifica, vários tipos de tratamento se encontram hoje disponíveis para os pacientes.
Entrevista cedida por Marisa Graziela Garcia Marques Morais Psicóloga, CRP 06/73805 para a revista do Santuário de Nossa Senhora Aparecida
Alcoolismo e dependência quimica
Quais os principais tratamentos para o alcoolismo
Psicóloga: Com o advento da pesquisa cientifica, vários tipos de tratamento se encontram hoje disponíveis para os pacientes.
Tratamento ambulatorial; indicado para aquele paciente que tem crítica quando à sua dependência, os prejuízos ainda não são graves e este aceita o tratamento.
Internação voluntária; o paciente pede ajuda pois percebe que perdeu o controle sobre o beber.
Internação involuntária; O indivíduo perdeu o controle sobre sua vida e suas escolhas.
Tratamento assumido pela família e médico psiquiatra. Indicado para paciente com sintomas graves, sua vida já está em risco de morte.
Tratamento Familiar; a família desenvolve, concomitantemente uma síndrome denominada co-dependência. O paciente bebe mas à sua volta todos os familiares adoecem junto. Por isto chamamos o alcoolismo de doença familiar. Assim, para um tratamento mais eficiênte é necessários que a família também entre em tratamento.
Quanto tempo dura o tratamento
Psicóloga: A duração do tratamento está diretamente relacionada com o diagnóstico, gravidade do alcoolismo e evolução do paciente. De modo geral o tratamento é para um longo período, modificando-se a modalidade, conforme a evolução ou gravidade.
Por ser uma doença crônica o paciente após alcançar a abstinência deve passar para um programa de manutenção desta abstinência, que deverá ser planejada por profissional competente. Assim, dependendo do paciente poderá ser encaminhado para continuidade em psicoterapia, farmacoterapia, acompanhamento com médico psiquiatra e ou Grupo de Anônimos. No geral o recomendado é uma combinação destas modalidades por período superior a 3 anos.
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É fundamental que o Dependente Quimico esteja disposto a se tratar?
Psicóloga: Não. O paciente evolui em estágios de motivação. Temos aqueles que não cogitam a mudança, estágio conhecido como negação. Outros podem reconhecer que podem vir a ter problemas com o seu consumo, mas ainda assim valorizam os benefícios que têm com o consumo de bebidas alcoólicas.
Terapia cognitiva comportamental para o alcoolista Terapia cognitiva comportamental para o alcoolista No geral, a grande maioria dos pacientes passa pela fase de ambivalência, situação onde os prós e contras sobre a idéia de beber e a abstinência vêm à tona o tempo todo. O paciente quer e não quer se tratar, ao mesmo tempo. Aqui cabe à família e profissionais da saúde motivarem o paciente para o tratamento.
Pessoas carentes e o acesso ao tratamento
Psicóloga: A Dependência Química tornou-se uma preocupação da saúde pública, no Brasil e no mundo. Com isto tanto as instituições governamentais como diversas Ongs e instituições religiosas vêm democratizando o tratamento. O acesso é bem mais facilitado, se comparado à alguns anos atrás. Penso que o importante é que a sociedade se mantenha atento às qualificações dos profissionais destas organizações. Não basta dar acesso a tratamento mas fiscalizar e tratar pacientes e familiares com respeito e competência.