Intervenções baseadas na Internet estão em alta e seu potencial para melhorar a disseminação de ferramentas de tratamento eficazes e baseadas em evidências parece ser promissor e a par da psicoterapia presencial, incluindo o tratamento da insônia.

Intervenções baseadas na Internet estão em alta e seu potencial para melhorar a disseminação de ferramentas de tratamento eficazes e baseadas em evidências parece ser promissor e a par da psicoterapia presencial, incluindo o tratamento da insônia.

A psicoterapia online tem ferramentas para ajudar a controlar a insônia. Em atendimentos ao vivo ou através de e-mail ou chat de mensagens é possível ter ajuda para lidar com a insônia.

• Como funciona a psicoterapia online?
  
• Vantagens da psicoterapia online
  
• Terapia Cognitivo Comportamental online para insônia
  
  

Como funciona a psicoterapia online?

Há uma distinção clara entre psicoterapia online e intervenções baseadas na internet.

Psicoterapia pela internet ou psicoterapia online refere-se, mais precisamente, às terapias realizadas por profissional através de e-mail, chat, mensagem instantânea (como whatsapp), áudio ou videoconferência, sem excluir a possibilidade de encontros presenciais.¹

Intervenções baseadas na internet, por sua vez, são programas computadorizados de terapia, com ou sem participação de terapeuta, que incluem vídeos, realidade virtual, aplicativos de celulares, tarefas e feedback online.¹

Esses programas são prescritos por profissionais de saúde ou são oferecidos em websites, com o objetivo de auxiliar no tratamento e na prevenção de transtornos mentais e recaída, e buscam criar mudanças positivas e melhorar os conhecimentos em saúde mental por meio de material informativo, de fóruns moderados e de outros dispositivos da web.¹

Um exemplo de intervenção para controlar a insônia no atendimento online é a inclusão de textos e gráficos para transmitir informação, instruções de áudio para relaxamento progressivo, vídeo apresentando casos, suporte terapêutico por e-mail, bem como envio automático de e-mails e/ou lembretes por SMS ou aplicativos de mensagens instantâneas.¹

As terapias online e intervenções baseadas na internet variam em seu sincronismo, e podem envolver comunicação sincrônica, isto é, imediata (e.g. chat) ou assincrônica, quer dizer, com algum atraso (e.g. e-mail), que pode ser curto (e.g. e-mail diário) ou longo (e.g. e-mail de resposta do terapeuta a cada três dias).¹

Na psicoterapia online via e-mail, o terapeuta deve combinar intervalos determinados de resposta com o(a) cliente.

Vantagens da psicoterapia online

Uma das vantagens da utilização de tecnologias eletrônicas e digitais em tratamentos psicoterápicos é que a pessoa pode acessá-las do ambiente em que se encontra e no momento em que sente ser adequado.

Outro fator positivo é que as intervenções baseadas na internet deslocam o foco da doença mental para o comportamento de buscar ajuda. A pessoa passa a ser, evidentemente, agente de sua própria mudança, ao imprimir seu ritmo ao tratamento e revisando o material terapêutico sempre que desejar.¹

Num estudo² publicado este ano sobre psicoterapia online e insônia se relatam pontos positivos na psicoterapia online como por exemplo a percepção do(a) paciente sobre a comunicação baseada em chat ser mais clara, mais direta, prática e menos complexa do que na condição face a face da clínica.

Algumas pessoas ouvidas afirmaram que a comunicação escrita aumentou a privacidade, ajudou a se revelar, ajudou a manter o pensamento e os(as) preveniu de ir ao consultório psicológico.²

Neste estudo após a realização de uma psicoterapia breve para insônia, a percepção das pessoas atendidas e os efeitos dos mecanismos de trabalho foram avaliados aplicando uma abordagem de métodos mistos.²

Quase metade dos pacientes que receberam o tratamento por chat indicou que a comunicação por chat era apropriada para eles quando lidavam com dificuldades de sono.²

Terapia Cognitivo Comportamental online para insônia

A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma modalidade de psicoterapia que se baseia na interpretação de situações que determinam como o indivíduo se comporta e se sente.

Instruções para controle de estímulos, restrição de sono, estratégias de relaxamento e reestruturação cognitiva são componentes da TCC que podem ser usados para tratar a insônia.

Estudos mostram que esta terapia é mais favorável na eficiência do sono do que a intervenção farmacêutica, além de apresentar resultados mais favoráveis em termos de qualidade do sono, desempenho diurno, concentração, produtividade, capacidade de ficar acordado e humor, redução de sintomas subjetivos de insônia, e melhora da qualidade de vida.³

É importante observar que, como outras terapias para insônia, a TCC também apresenta uma taxa de recaída. Além disso, a Terapia Cognitivo Comportamental pode ser realizada por meio de tecnologias digitais de informação e comunicação, sendo uma excelente alternativa no contexto de isolamento social.³

A insônia é um mal que afeta especialmente a população adulta e nesta pandemia, com suas medidas sanitárias e incertezas sociais, políticas e econômicas, a ansiedade e transtornos mentais ganham terreno fértil para multiplicação.

Para controlar a insônia o atendimento online com psicoterapeutas é uma alternativa já legalizada no Brasil e que vem sendo cada vez mais utilizada diante da realidade do isolamento social.

Busque ajuda especializada entrando em contato.

Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 PIETA, Maria Adélia Minghelli; GOMES, William B. Psicoterapia pela Internet: viável ou inviável? Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 34, n. 1, p. 18-31, Mar. 2014 .

2 A. Gieselmann, C. Podleschka, A. Rozental, et al., Communication formats and their impact on patient perception and working mechanisms: A mixed-methods study of chat-based vs. face-to-face psychotherapy for insomnia, Behavior Therapy (2020).

3 Orsini, M. A., Stephanie Fernandes do Nascimento, J., Azizi, M., Cardoso, C. E., Castro, R., Santos Moras Nunes, N., & Fernandes do Nascimento, J. K. (2020). Insomnia During the COVID-19 Outbreak in Brazil. Revista De Saúde, 11(1), 84-86.