Tratamentos para Surto Psicótico
Nos primeiros anos do século XX, houve uma teoria séria de que a extração dos dentes era capaz de curar a psicose.
Nos primeiros anos do século XX, houve uma teoria séria de que a extração dos dentes era capaz de curar a psicose. Henry Cotton, que era superintendente de um hospício em Nova Jersey e havia estudado com Kraepelin (eminente psiquiatra e pesquisador), afirmou que a psicose era causada por infecções bacterianas, e que bactérias prejudiciais podiam acumular-se em molares e caninos infeccionados. A partir daí, elas se espalhavam pelo corpo.
Embora, é claro, saibamos que as ideias de Cotton seriam ridicularizadas hoje em dia, algumas versões mais sofisticadas delas ainda florescem, como se a ideia da salvação estivesse ligada à da “extração”.
É frequente os sujeitos psicóticos descobrirem maneiras não apenas de se estabilizar depois de um surto e de tornar seu sofrimento mais suportável, mas também, talvez com frequência ainda maior, de evitar por completo outros surtos psicóticos.
Mas quando isso não acontece, e a despeito dessa possibilidade, pessoas próximas, senão a própria pessoa que experimentou o surto, pode procurar ajuda especializada.
O surto psicótico pode ter diversos gatilhos internos e externos, geralmente sentidos como eventos traumáticos.
Para lidar com o surto e suas manifestações pode ser necessário, inicialmente, o uso de alguma medicação, sob supervisão médica.
Psicoterapia também é essencial para a recuperação da pessoa que experimentou um surto psicótico. Psicanálise ou outra abordagem psicodinâmica são recomendadas, além, é claro, da cognitivo-comportamental, que foca alterações pontuais na construção de um novo repertório de comportamentos e crenças pessoais.
Oficinas lúdicas e que proporcionem a vivência de papéis em grupo são boas alternativas também- geralmente inseridas numa estratégia da abordagem psicodramática.
Para a indicação do melhor tratamento é essencial realizar uma avaliação com psicólogo(a) para obter um diagnóstico individualizado.
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Marisa de Abreu
Psicóloga
CRP 06/29493
Referência:
LEADER, Darian. What is madness?. Penguin UK, 2011.