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Vida após divórcio? Saiba como a psicoterapia pode te ajudar!

 Superar a dor da separação é também aprender a lidar com a frustração de planos. É preciso lidar com sentimentos como culpa, raiva, abandono, e outros que podem ser reflexo da questão “quem sou eu, que não sou mais o(a) esposo(a) de fulano(a)?”. 

Superar a dor da separação é também aprender a lidar com a frustração de planos. É preciso lidar com sentimentos como culpa, raiva, abandono, e outros que podem ser reflexo da questão “quem sou eu, que não sou mais o(a) esposo(a) de fulano(a)?”. 

A vida após o divórcio precisa de uma boa dose de reflexão e empenho, pois é como um trabalho de reconstrução de si mesmo(a).

No divórcio há elementos que causam estresse- , como em todas as fases de transição, e mudanças da vida-, mas o que torna este processo mais exigente é a ocorrência simultânea de mudanças em muitas áreas de vida num curto período de tempo.¹

Alguns psicanalistas vem o divórcio como uma situação de renuncia ao objeto amado. Mas como é muito difícil renunciar à idealização do objeto amado, mantem-se assim a esperança de  que o amor dure para sempre.²

Dessa forma, a relação é regida por uma lógica binária, ou se está dentro desse vínculo ilusório ou não. Quando o vínculo se rompe,  por divórcios ou conflitos de maneira geral, surge um sentimento de estar fora do amor, muito longe do ideal, gerando a sensação de fracasso.²

As dificuldades emocionais, a confusão afetiva e racional podem ser empecilhos para um planejamento e análise mais positivos. Porém, esses obstáculos podem ser identificados e ultrapassados com o auxílio de um(a) psicoterapeuta.

 Muitos estudos afirmam que as pessoas divorciadas experienciam pior bem-estar  psicológico, menos felicidade e maiores índices de depressão entre outras psicopatologias, quando comparadas às pessoas que permanecem casadas.¹

Mas esse período inicial de adaptação, que pode ser cercado de dificuldades inciais, pode dar lugar a uma vida mais plena posteriormente.

Pesquisas mostram que após os dois anos do divórcio, os níveis de bem-estar subjectivo relatados por pessoas divorciadas atingem níveis de bem-estar superiores do que anteriores à dissolução conjugal.¹

 A vida após o divórcio, deste modo, pode se traduzir num  aumento dos níveis de saúde física e psicológica, na abertura a novos relacionamentos íntimos e à diminuição dos níveis de conflito com relação aos filhos (se houver crianças) e consequente aumento de disponibilidade para a   renegociação de uma aliança entre os pais.¹ 

É preciso também olhar também para nossos ideais de relacionamentos e sua relação com nossa cultura. E, assim, refletirmos sobre o peso de imposições culturais na nossa identidade para alcançarmos mais consciência sobre nós mesmos(as).

Apesar do divórcio e do recasamento estarem cada vez mais presentes na atualidade, muitas pessoas que vivenciam estes relacionamentos ainda se sentem como "desviantes".³

A vida após o divórcio está aí, basta descobrir qual é aquela que faz sentido para você.

Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 LAMELA, Diogo Jorge Pereira do Vale. Desenvolvimento após o divórcio como estratégia de crescimento humano. Rev. bras. crescimento desenvolv. Hum., São Paulo , v. 19,n. 1,p. 114-121, abr. 2009 . 

2 GORIN, Michelle Christof; FÉRES-CARNEIRO, Terezinha; MACHADO, Rebeca Nonato. Aniversário dos filhos: juntos ou separados? Repercussões do divórcio na perspectiva dos pais. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 17, n. 3, p. 1084-1100, 2017.

3 CANO, Débora Staub et al. As transições familiares do divórcio ao recasamento no contexto brasileiro. Psicologia: reflexão e crítica, v. 22, n. 2, p. 214-222, 2009.



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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.