Os tratamentos para as disfunções sexuais devem englobar fatores afetivos, cognitivos e comportamentais.¹

Os tratamentos para as disfunções sexuais devem englobar fatores afetivos, cognitivos e comportamentais.¹

É essencial buscar ajuda profissional para que diante de um diagnóstico preciso se desenvolva um tratamento adequado.

Na perspectiva cognitivo-comportamental o tratamento psicoterapêutico transcorre com eficiência se for feito com o casal, porém hoje em dia, caso o parceiro ou a parceira não quiser acompanhar o atendimento terapêutico, pode-se encaminhar o tratamento de forma individual, contudo isso pode aumentar o tempo de resolução da situação problemática.¹

Causas físicas podem contar com tratamentos medicamentosos. Em geral, doenças e distúrbios do sistema circulatório, ou relacionadas a hormônios são tratadas com farmacoterapia.²

Numa perspectiva fenomenológica existencial é necessário ir além do sintoma, ainda que este ocupe um papel importante, para possibilitar uma intervenção psicoterapêutica que vise resgatar o movimento existencial do sujeito, repleto de possibilidades.³

Ao focar apenas no sintoma, o foco tende a ser apenas a falha, a ausência de ereção. Ou seja, o modo como se compreende uma experiência implica diretamente nas vias de tratamento escolhidas.³

No caso da disfunção erétil o próprio sintoma psicopatológico demanda por uma compreensão que possa ir além de uma “falha” na resposta genital dos homens.³

A dificuldade de ereção, ou a ausência dela, não pode ser caracterizada apenas como uma pista, um índice a ser percebido pelo clínico na experiência de contato com o seu paciente e o seu vivido.³

Há uma tendência ao desenvolvimento de práticas reducionistas que acabam se voltando excessivamente para este corpo no sentido de apenas consertá-lo, negligenciando a experiência vivida e os múltiplos contornos que a compõem; elementos centrais para a fenomenologia.³

É importante buscar um tratamento que olhe para a pessoa como um todo, em suas diferentes dimensões para que o auxílio seja mais eficaz.

 Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 GALATI, Maria Cristina Romualdo et al. Sexualidade e qualidade de vida em homens com dificuldades sexuais. Psico-USF, v. 19, n. 2, p. 243-252, 2014.

2 MICHILES, Haroldo César. Disfunção erétil atuação do médico e do psicólogo. UNICEUB. 2010.

3 ZORZI, Fabiana De; BLOC, Lucas; BORIS, Georges Daniel Janja Bloc. O corpo em expressão na disfunção erétil: as contribuições de Merleau-Ponty e Tatossian. Rev. NUFEN,  Belém,  v. 7, n. 1, p. 48-66, 2015.