Entenda o que é a Síndrome de Burnout
A síndrome de burnout envolve um sentimento crônico de desânimo, de apatia, e de despersonalização.
A síndrome de burnout envolve um sentimento crônico de desânimo, de apatia, e de despersonalização.
Somente a partir da década de 70 do século XX se começou a construção teórica de um modelo explicativo para estes sintomas. Burnout foi o nome escolhido; em português, algo como ‘perder o fogo’ ‘perder a energia’ ou “queimar para fora” (numa tradução mais direta).
O estudo da literatura internacional indica que não existe umadefinição única sobre burnout, mas é consenso até os estudos hoje desenvolvidos que seria uma resposta ao stress laboral crônico, não devendo contudo ser confundido com estresse.
A síndrome de burnout envolve atitudes e condutas negativas com relação a usuários, clientes, organização e trabalho; é assim, uma experiência subjetiva, envolvendo atitudes e sentimentos que vêm acarretar problemas de ordem prática e emocional ao trabalhador e à organização.
O conceito de estresse, por outro lado, não envolve tais atitudes e condutas, é um esgotamento pessoal com interferência na vida do indivíduo e não necessariamente na sua relação com o trabalho.
A teoria do burnout não surge por acaso, ela é uma teoria que se dispõe a compreender as contradições no mundo do trabalho do final do século XX. Exatamente quando a produção do setor primário descamba e o setor terciário vem tomar seu lugar: quando a indústria dá lugar aos serviços.
A teoria do ser humano solitário, na época em que parece se esvanecer a solidariedade; a ênfase na despersonalização quando a ruptura dos contratos sociais parecem ter eliminado a pessoa.
Como grupo de risco são apontados os profissionais de educação e saúde, policiais e agentes penitenciários, entre outros.
A síndrome é entendida como um conceito multidimensional que envolve três componentes:
1) Exaustão Emocional – situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos a nível afetivo. Percebem esgotada a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas.
2) Despersonalização – desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do trabalho (usuários/clientes)– endurecimento afetivo, ‘coisificação’ da relação.
3) Falta de envolvimento pessoal no trabalho – tendência de uma ‘evolução negativa’ no trabalho, afetando a habilidade para realização do trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização.
Marisa de Abreu
Psicóloga
CRP 06/29493
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Referência
CODO, Wanderley; VASQUES-MENEZES, Iône. O que é burnout. Educação: carinho e trabalho, v. 2, p. 237-254, 1999.