Muitas vezes a timidez se manifesta pelo medo de se expor, medo de falar, medo de ser humilhado, assim como por comportamentos retraídos diante de situações de exposição em grupo, dentre outras características.

Muitas vezes a timidez se manifesta pelo medo de se expor, medo de falar, medo de ser humilhado, assim como por comportamentos retraídos diante de situações de exposição em grupo, dentre outras características.

O medo e a vergonha são emoções que se encontram presentes em grande parte das conceituações de timidez na literatura científica.

Segundo Wallon, a timidez é uma emoção que se manifesta no encontro com o outro, não se é tímido o tempo todo, mas é no modo que esse encontro ocorre que essas reações emocionais podem ou não aparecer.¹

A opressão, ou a intimidação, infligida de maneira estrutural, ou seja, socialmente constituída e reproduzida pela maioria da sociedade, é um dos “gatilhos” que promovem a reação de timidez na pessoa intimidada, ou oprimida.

Agir no sentido contrário da lógica da intimidação seria uma resposta coletiva para abrandar os efeitos negativos da timidez. Priorizar relações mais humanas, afetivas e amplas- não somente relações coisificadas e instrumentalizadas visando à vantagens pessoais e obtenção de lucro- pode ser uma alternativa que a sociedade adira para se fortalecer e aproveitar da força criativa e do trabalho de tantas pessoas que intimidadas se tornam ensimesmadas, vítimas da sua timidez.

Individualmente é preciso encontrar uma maneira de se expressar e se emancipar da timidez para atenuar seus efeitos mais negativos.

A psicologia através de diversas abordagens teóricas e práticas pode ajudar a se desenvolver alternativas ativas para essa emancipação da timidez, que pode causar graves entraves nas relações pessoais, sociais e profissionais.

Algumas dicas gerais para se perder a timidez seriam: melhorar o conhecimento que você tem sobre si, conhecer a timidez, e como ela se manifesta em você, inicialmente. Num segundo momento o uso de técnicas de relaxamento, exercícios físicos e até mesmo exercícios focados no seu comportamento e sua alteração podem ser utilizados, de preferência com o auxílio e monitoramento de um(a) psicólogo(a).

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Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493

Referência

FELIX, Tatiane da Silva Pires; VIOTTO FILHO, Irineu Aliprando Tuim. PROCESSO DE INTIMIDAÇÃO-TIMIDEZ NA CONSTRUÇÃO DA PERSONALIDADE DOS ESTUDANTES: REFLEXÕES SOBRE INTERVENÇÕES LUDO-PEDAGÓGICAS NA ESCOLA. Nuances: estudos sobre Educação, v. 27, n. 3, p. 247-263, 2016.

1 VIEIRA, Mariana Batista et al. Timidez e expressividade afetivo-emocional: um estudo walloniano. PUCSP. 2017.