A  tristeza  pode surgir  quando há perda  de algo ou alguém  considerado de valor,  gerando sensação de abandono  e a busca por uma ligação novamente  com a pessoa perdida ou com o objeto, sendo as manifestações mais frequentes o choro, o afastamento e o silêncio.¹

A  tristeza  pode surgir  quando há perda  de algo ou alguém  considerado de valor,  gerando sensação de abandono  e a busca por uma ligação novamente  com a pessoa perdida ou com o objeto, sendo as manifestações mais frequentes o choro, o afastamento e o silêncio.¹

São diversos os tipos de perda que podem causar a tristeza, desde a rejeição de uma pessoa querida ou importante, a perda da saúde ou parte do corpo, e até a perda de um objeto valorizado.¹

A superação da tristeza pode envolver uma terceira pessoa, um(a) psicólogo(a) como intermediário(a) do processo para desenvolvimento do bem-estar.

Do ponto de vista da psicanálise a tristeza, por mais intensa que seja, conduz o sujeito ao trabalho de luto. Ao contrário da depressão que, na atualidade, não se reduz a um afeto.²

A depressão seria uma saída defensiva, que resulta em sintomas graves de estagnação, perda do interesse pela vida, desinvestimento, conflitos com a imagem de si – sintomas que às vezes culminam em atos suicidas.²

No período que sucede a perda o sentimento de pesar se intensifica e inicia a angústia da tentativa de elaborar a perda (processo de luto). O luto é uma experiência importante e difícil para o ser humano, é individual, singular e subjetiva e não há tempo determinado para o final desse processo.³

Desorientação, raiva e insubordinação fazem parte do processo de elaboração do luto. Mudança de comportamento, deficit de atenção e concentração e diminuição do rendimento escolar e/ou profissional são esperados.³

O trauma gera insegurança e a pessoa, assim como um grupo, busca adaptar-se à nova realidade. Podem vir à tona outros medos não relacionados à morte, ou a perda que ocasionou o processo de luto.³

Dessa maneira, a tristeza quando persistente pode se tornar prejudicial para a pessoa, porque é como uma lente cinza que se coloca entre a pessoa e o mundo, tanto interior quanto exterior.

Podendo fazer parte de uma depressão ou de outros quadros, em especial quando envolvida num processo de luto.

É através da vivência do processo de luto e da expressão dos sentimentos que o enlutado poderá externalizar sua dor, contribuindo assim para uma melhor elaboração do mesmo.4

Uma boa elaboração do luto é de extrema importância na sequência da vida dessa pessoa.4

A frustração de expectativas e a má elaboração do luto podem gerar doenças, comportamentos antissociais, criminalidade, revolta, suicídio, etc.4

Assim, terapias para tristeza podem envolver o trabalho com a autopercepção e autoestima, além do processamento saudável do luto e do enfrentamento de um quadro de depressão dentro de psicoterapias de diferentes abordagens com um(a) psicólogo(a).

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

1 MIGUEL, Fabiano Koich. Psicologia das emoções: uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional. Psico-usf, v. 20, n. 1, p. 153-162, 2015.

2 QUINTELLA, Rogério Robbe. Depressão contemporânea e metapsicologia freudiana: pensando a neurose na atualidade. Reverso,  Belo Horizonte,  v. 38, n. 71, p. 65-73, jun.  2016 .

3 Gomes dos Reis Alves, Elaine, Kovács, Maria Júlia, Relato de Prática Profissional Morte de aluno: luto na escola. Psicologia Escolar e Educacional [en linea] 2016, 20 (Mayo-Agosto) : [Fecha de consulta: 22 de octubre de 2018] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282347789025> ISSN 1413-8557

4 TADA, I. N. C; KOVACS, M. J. Conversando sobre a morte e o morrer na área da deficiência. Psicol. Cienc. Prof.,Brasília. 27, n. 1, p. 120-131, mar. 2007.