Especialistas costumam recomendar diferentes abordagens terapêuticas para tratar o Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), incluindo, geralmente a administração de medicação, terapia comportamental e educação e apoio familiar.

Especialistas costumam recomendar diferentes abordagens terapêuticas para tratar o Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), incluindo, geralmente a administração de medicação, terapia comportamental e educação e apoio familiar.
Muitas medicações que estão disponíveis no mercado podem ter efeito positivo para as pessoas portadoras de TOC. Muitas vezes as drogas utilizadas são comercializadas como antidepressivos, medicações que provocam mudanças no sistema que envolve a serotonina cerebral. Isso pode ser uma vantagem, já que muitos pacientes com TOC também têm sintomas de depressão, como perda de interesse e energia, pouca concentração, dificuldade no sono, e até ideias suicidas.

Nem sempre fica claro se esses sintomas são secundários ao TOC, ou seja, se são uma resposta ao sofrimento pelo fato de viver com TOC ou uma doença separada (depressão primária). Felizmente, as medicações prescritas tratam tanto o TOC como os sintomas depressivos.
Os sintomas são sinais de que algo não vai bem e o relacionamento da pessoa portadora do TOC com seus sintomas e até mesmo com o próprio diagnóstico é próprio de cada indivíduo seguindo-se a necessidade de se apresentar um plano terapêutico individualizado.

No tratamento do TOC, a abordagem comportamental utiliza estratégias dirigidas à diminuição da ansiedade, tais como a exposição e a prevenção de respostas, além da análise funcional que permeia todo processo terapêutico.
Para ilustrar a terapia comportamental, apontamos, como exemplo, que a técnica de exposição de respostas consiste em exposições prolongadas e repetidas dos clientes a situações que provocam desconforto e intrusões para absterem-se da ritualização utilizada.
A terapia comportamental utiliza uma abordagem prática, focada no presente e busca eliminar comportamentos indesejáveis.
Outra abordagem bastante utilizada no tratamento do TOC é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), este tipo de psicoterapia dá ênfase aos pensamentos automáticos e as crenças centrais que estão diretamente relacionados ao estado de humor, comportamento e sensação diante de acontecimentos na vida dos indivíduos.
Dentro da TCC se entende que o que se pensa sobre os fatos está diretamente ligado à forma como os indivíduos se comportam diante das situações. De acordo com essa abordagem, os pacientes com TOC mantêm crenças errôneas, e os pensamentos obsessivos são intrusivos e funcionam como estímulos que podem provocar certos tipos de pensamentos automáticos negativos.
Apesar das duas terapias compartilharem algumas técnicas terapêuticas, seus conceitos sobre a vida interior do ser humano diferem, e consequentemente sua abordagem.
Um fator sempre salientado na literatura especializada é o fato de que a intervenção da família é um importante complemento da farmacoterapia e das psicoterapias.

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Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

Referência:
NOPPEN, B. et al. Aprendendo a viver com o TOC: transtorno obsessivo-compulsivo. Departamento de Psiquiatria da FMUSP, São Paulo, 1a edição, 2000.

GOMES, Luana Cavicion; BATISTA, Ana Priscila. A COMPREENSÃO DE TERAPEUTAS QUE SE AUTODENOMINARAM COMPORTAMENTAIS E COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS ACERCA DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO: DEFINIÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO. Revista PsicoFAE: Pluralidades em Saúde Mental, [S.l.], v. 4, n. 1, p. 105-122, set. 2016.