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Tratamentos para Transtorno de Personalidade

Os transtornos de personalidade podem se manifestar de diferentes maneiras, mas possuem algumas características comuns entre si, como por exemplo o comprometimento do afeto e do comportamento, promovendo um desajustamento social da pessoa.

Os transtornos de personalidade podem se manifestar de diferentes maneiras, mas possuem algumas características comuns entre si, como por exemplo o comprometimento do afeto e do comportamento, promovendo um desajustamento social da pessoa.

Cada transtorno de personalidade é uma variedade sindrômica de traços de personalidade mal-adaptativos. Dois pacientes que compartilham a mesma síndrome de personalidade podem ter poucos traços em comum. Dada a considerável variabilidade de traços de personalidade dentro de cada categoria de diagnóstico, seria muito difícil desenvolver um programa de tratamento uniforme¹.

De modo geral, a psicoterapia, aliada ao tratamento medicamentoso, tem sido a principal opção para profissionais da saúde e pacientes.

A abordagem terapêutica tende a ser diferente para cada tipo de transtorno de personalidade.

No tratamento do transtorno de personalidade borderline, por exemplo,  alguns estudos apontam que, em geral, os pacientes com sintomas menos intensos e/ou um adequado nível funcional podem se beneficiar de tratamento ambulatorial focado em psicoterapia individual, muitas vezes associando–se o tratamento farmacológico.

Entretanto, pacientes com transtorno de personalidade borderline com sintomas graves e/ou difícil recuperação requerem tratamento multidisciplinar intensivo mais focado em psicoterapia individual, e/ou familiar, juntamente com tratamento psicofarmacológico.

O foco no tratamento e nas intervenções terapêuticas é minimizar os sinais e sintomas apresentados nestes pacientes, estimulando o autocontrole, facilitando o convívio social e uma melhor estabilidade emocional.

Pacientes com transtorno de personalidade tendem a ser atendidos em períodos de crise ou em decorrência de sintomas de depressão, ansiedade e problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas, que representam comorbidades muito prevalentes².

A terapia cognitivo-comportamental é uma das abordagens mais citada na literatura especializada para tratamento de diversos quadros psicopatológicos. Porém, há evidencias de que tratamentos de curto prazo não são suficientes para pacientes com transtornos mentais mais complexos, crônicos e de personalidade³.

 Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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Referência

ROSA, Elisio et al. PERSONALIDADE BORDERLINE E AS DIFICULDADES DE TRATAMENTO. REVISTA UNINGÁ REVIEW, [S.l.], v. 21, n. 1, jan. 2018. ISSN 2178-2571.

1 WIDIGER, Thomas A. PDTRT special section: Treatment of personality. Personality Disorders: Theory, Research, and Treatment, v. 8, n. 3, p. 189, 2017.

2 MAZER, Angela K.; MACEDO, Brisa Burgos D.; JURUENA, Mário Francisco. Transtornos da personalidade. Medicina (Ribeirao Preto. Online), Ribeirão Preto, v. 50, p. 85-97, feb. 2017. ISSN 2176-7262.

3 COSTA, Camila Piva et al. Estudos clínicos em psicoterapia psicodinâmica: uma revisão do follow-up das intervenções. Contextos Clínicos, vol. 10, n. 1, Janeiro-Junho 2017. Unisinos – doi: 10.4013/ctc.2017.101.04

 

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.