Entenda como a fobia pode afetar sua vida pessoal
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais¹, o medo é uma emoção que envolve a percepção de um perigo iminente que pode ser real ou imaginário e que serve como uma defesa do organismo.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais¹, o medo é uma emoção que envolve a percepção de um perigo iminente que pode ser real ou imaginário e que serve como uma defesa do organismo.
Entretanto, quando se torna exagerado em relação a uma determinada situação, torna-se um transtorno de ansiedade denominado de fobia específica¹.
Dentre os critérios diagnósticos, são mencionados: o medo acentuado e persistente diante da presença ou antecipação do estímulo fóbico; medo desproporcional ao contexto real; persistência do sintoma por mais de seis meses e, por fim, o fato de ser a causa de prejuízo social e ocupacional¹.
Sobre os impactos pessoais e sociais para a pessoa que sofre de fobia(s) citamos alguns exemplos:
- Fobia de sangue-injeção-ferimentos: Uma pesquisa² recente concluiu, após analisar a bibliografia especializada, que este tipo de fobia é altamente prevalente na população. Entretanto, a maioria da literatura estava limitada a pesquisas realizadas com pessoas do sexo feminino, construindo a ideai de que elas seriam as maiores vítimas de tal fobia.
Vários autores concordam que as pessoas com este tipo de fobia têm uma propensão a desmaiar na situação fóbica, devido à resposta vasovagal deste quadro fóbico. Esta propensão ao desmaio não é encontrada em outros tipos de fobias².
- Fobia de dirigir: Quem possui fobia a dirigir não precisa, necessariamente, ter sofrido um acidente de trânsito, embora esses(as) motoristas tenham maiores chances. As situações mais temidas pelas pessoas com medo de dirigir foram agrupadas em relação à via, ao veículo, às condições climáticas/meteorológicas e às condições pessoais/sociais³.
- Nomofobia: O termo nomofobia tem origem na Inglaterra, sendo inspirado na expressão no-mobile, que significa “sem celular”. Acrescenta-se, ainda, a palavra fobos, de origem grega, que significa fobia ou medo. Em outras palavras, nomofobia é, portanto, a angústia ou medo de o indivíduo ficar impossibilitado de se comunicar por meios virtuais. Ou seja, a fobia de estar sem o telefone celular, computador e/ou internet4.
A nomofobia pode estar relacionada com vários tipos de transtornos, tais como: ansiedade, pânico, impulso, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, dependência patológica, entre outros4.
Deste modo, qualquer medo exacerbado vai promover na pessoa comportamentos de evitação das situações temidas. Tais situações podem envolver relações interpessoais e locais que fazem parte da rotina da pessoa, e lidar com o medo constante e suas reações físicas e psicológicas pode ser extenuante.
Caso a vida se torne, assim, severa, um(a) profissional da saúde pode ser chamado(a) a colaborar para se recuperar o bem-estar.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui
1 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). 2013. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 5 th edition – DSM-V. 2014. Arlington, APA, 992 p.
2 D'EL REY, Gurtavo J. Fonseca; PACINI, Carla Alessandra. PREVALÊNCIA DA FOBIA DE SANGUE-INJEÇÃO-FERIMENTOS EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO DE SÃO PAULO-SP. Psicologia Argumento, [S.l.], v. 23, n. 43, p. 53-59, nov. 2017. ISSN 1980-5942.
3 MOGNON, Jocemara Ferreira et al. Avaliação e intervenção para o medo e fobia de dirigir: revisão da literatura. Contextos Clínicos, vol. 10, n. 1, Janeiro-Junho 2017.
4 OLIVEIRA, THYCIANE SANTOS et al . CADÊ MEU CELULAR? UMA ANÁLISE DA NOMOFOBIA NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL. Rev. adm. empres., São Paulo , v. 57,n. 6,p. 634-635, Dec. 2017