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O que eu preciso saber sobre a agorafobia

 Uma pesquisa¹ que usou levantamento de dados nacionais e internacionais em publicações na área da saúde para verificar evidências referentes à agorafobia afirma que a agorafobia, é definida, basicamente, pela apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar de uma ameaça.

Uma pesquisa¹ que usou levantamento de dados nacionais e internacionais em publicações na área da saúde para verificar evidências referentes à agorafobia afirma que a agorafobia, é definida, basicamente, pela apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar de uma ameaça.

Segundo Barlow², psicólogo e pesquisador na Universidade de Vermont, a agorafobia se desenvolve principalmente no fim da adolescência e início da fase adulta, e apresenta como uma de suas características a necessidade que a pessoa apresenta de se manter acompanhado, para sentir-se mais seguro.

A agorafobia tem sintomas parecidos com o pânico, como sensação de mal-estar, palpitações e sudorese, mas difere deste, pois no ataque de pânico não existe uma situação específica, os episódios são imprevisíveis¹.

Em conformidade com Barlow, o tratamento do paciente ocorre de duas maneiras: pelo uso de medicamentos e, também, por meio de terapia cognitivo-comportamental; ambas exigem acompanhamento da evolução e da adaptação do paciente².

A agorafobia atinge a pessoa num período de vida ativa, impactando as dimensões profissional, das relações pessoais, familiares e amorosas.

A doença impõe limites também àqueles que convivem com a pessoa que apresenta agorafobia, por conta da necessidade de companhia constante que promove uma sensação de segurança pessoal. Observou-se que a diferença entre a agorafobia e o transtorno de pânico apresenta-se por este não estar associado a exercícios ou à exposição a situações perigosas¹.

Quem apresenta transtorno do pânico e agorafobia pode se engajar em uma variedade de comportamentos de segurança, como verificação de presença de hospitais, banheiros e saídas; itens  de segurança, como água, medicamentos ou telefones celulares; além de evitar atividades, ou ações, que provoquem fortes sensações físicas, como, por exemplo, o consumo de cafeína, exercício físico ou consumo de álcool³.

Assim, considerando as restrições pessoais e socias que sofre a pessoa com agorafobia é necessário ficar atento(a) aos sintomas e procurar ajuda profissional para restabelecer a qualidade de vida.

1 PEREIRA, Ana Paula. Agorafobia ou transtorno de pânico?. Anais de Medicina, [S.l.], mar. 2018. ISSN 2358-0984.

2 BARLOW, D. H. (Org). Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos: Tratamento Passo a Passo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

3 KIM, Eun-Jung. The effect of the decreased safety behaviors on anxiety and negative thoughts in social phobics. Journal of Anxiety Disorders, v. 19, n. 1, p. 69-86, 2005.

 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.