Será que sou bipolar? Ou o que é transtorno bipolar?
O Transtorno bipolar é um transtorno do humor. É uma doença que se caracteriza pela alternância de humor: ora a pessoa está eufórica (fase de mania), e ora a pessoa está depressiva (fase de depressão), intercalando períodos em que a pessoa não sente variações tão acentuadas do humor, que podem ser chamadas de "normalidade".
Com o passar dos anos os episódios repetem-se com intervalos menores, havendo variações e existindo até casos em que a pessoa tem apenas um episódio de mania ou depressão durante a vida.
Apesar de o Transtorno Bipolar do Humor nem sempre ser facilmente identificado, existem evidências de que fatores genéticos possam influenciar o aparecimento da doença¹.
Somente a partir da década de 1980 caiu o uso de “psicose maníaco-depressiva” para designar a doença, que nem sempre tem sintomas psicóticos- como delírios e alucinações.
Famosos como Carrie Fisher, Robin Williams, Stephen Fry- que, inclusive, dirigiu um documentário sobre a doença- e muitos outros parecem ajudam a combater o preconceito com a doença preencher na percepção pública a ideia de bipolaridade como sendo um tipo de benção: apesar da doença problema, eles também são famosos e foram abençoados com criatividade e carisma.
Muitas vezes o paciente não percebe que tem esta enfermidade, e é necessário que familiares e amigos estejam bem informados, e saibam reconhecer alguns dos seus sintomas para poderem encaminhá-lo(a) a um tratamento adequado.
A família e pessoas mais próximas também devem ficar atentos(as) ao efeitos da doença sobre si mesmos(as), já que podem se sentir exigidos(as) e até mesmo exauridos(as) diante das oscilações de humor da pessoa querida.
A pessoa com Transtorno bipolar do Humor pode apresentar grandes oscilações no seu estado de humor, atrapalhando muito o andamento de sua vida no trabalho, nas relações afetivas e familiares.
Nos picos de euforia (ou mania), quem manifesta o transtorno bipolar fica com a energia lá em cima, autoestima elevada e não quer ser contrariado(a). As crises variam em intensidade, frequência e duração. No geral, levam de uma semana a seis meses.
Como diagnósticos complexos costumam pedir tratamentos complexos, o controle da bipolaridade cobra medicações, sessões de psicoterapia e mudanças de hábito.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
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1 BOSAIPO, Nayanne Beckmann; BORGES, Vinícius Ferreira; JURUENA, Mario Francisco. Transtorno bipolar: uma revisão dos aspectos conceituais e clínicos. Medicina (Ribeirão Preto, Online.), v. 50, n. Supl 1, p. 72-84, 2017.
Referências:
https://www.gmeded.com/gme-info-graphics/what-bipolar-disorder
http://site.cfp.org.br/o-mundo-e-bipolar-confira-entrevista-de-representante-do-cfp-a-revista-saude-e-vital/
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-depressao-severa-e-o-inferno-ate-para-os-famosos/view