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Diferença entre Psicanálise e Psicologia

No final do século XIX a suspeita de que a liberdade e a singularidade dos indivíduos são ilusórias, que emerge com o declínio das crenças liberais e românticas, abre espaço, para os projetos de previsão e controle científicos do comportamento individual. Este será um dos principais objetivos da psicologia como ciência.

 

Ao mesmo tempo se provocam problematizações teóricas e práticas das subjetividades totalmente avessas ao regime disciplinar ligados ao Estado e à economia, e que alimentarão muitas das escolas contemporâneas do pensamento psicológico e, principalmente, suas incidências na clínica e na educação.

De maneira prática a psicologia é chamada a responder a necessidade da indústria e da educação de selecionar e orientar pessoas. Neste momento começa a elaboração da psicometria, que lida com as medidas psicológicas através da testagem psicológica. Traços de personalidade, interesses, aptidões e habilidades podem ser aferidas através de testes.

A Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria- também no final do século XIX- a partir da prática médica, recupera para a psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão. Freud definiu o inconsciente como o objeto da psicanálise na sua tentativa de estudar a gênese do sujeito, levando em consideração sua experiência imediata, mas não se restringindo a essa experiência na busca de compreensões e explicações mais profundas. A relação do paciente e do analista também se tornaram o objeto da psicanálise para alguns de seus seguidores.

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A psicanálise é uma abordagem de psicoterapia, como outras oferecidas pela psicologia. A psicanálise usa, de modo geral, uma técnica que favorece a fala da pessoa analisada. Por isso a imagem do consultório com um divã, onde o paciente se deita e permanece numa posição que favorece o relaxamento e em que, muitas vezes, o psicanalista não é visto, somente ouvido. Apesar desta imagem, do divã, não é toda(o) psicanalista que o utiliza no trabalho psicoterápico. O contato entre cliente e psicoterapeuta, (por outro lado) em outras abordagens pode ter muitas configurações dependendo da teoria psicológica observada.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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Referências bibliográficas:

FIGUEIREDO, L. C. M.; SANTI, P. L. R. Psicologia: uma (nova) introdução. 3. ed. São Paulo:EDUC, 2008. (Série Trilhas).

BOCK, Ana Mercês Bahia.; FURTADO, Odair.; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Editora Saraiva, 1999.

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.