Muitas vezes o estresse ou a angústia podem nos paralisar. É nesse momento em que a psicoterapia, enquanto um processo de autodescoberta, sobretudo, pode nos guiar para melhores práticas em nossas vidas.

Na prática clínica nos deparamos com diferentes questões das pessoas mais variadas. Uma frustração na vida profissional, dificuldades de aprendizagem dos filhos, um falecimento na família, entre outras razões podem promover a busca pela psicoterapia.

Na psicoterapia o(a) psicólogo(a) oferece ajuda à pessoa, para que ela mesma apreenda novas possibilidades e potencialidades diante das diferentes dimensões da vida.

O trabalho no espaço terapêutico- geralmente o consultório do(a) psicoterapeuta- é um espaço seguro onde se desenvolve uma relação de confiança entre duas ou mais pessoas. É neste espaço de acolhimento que a pessoa pode repensar a si mesma e a sua vida. Sendo que o(a) psicoterapeuta costuma agir como um facilitador, alguém que desenrola ações e palavras da pessoa para si mesma.

Isso se dá porque a psicologia surge, enquanto ciência, também da emergência de um sentido que ultrapassa as aparências e provoca a necessidade de uma compreensão mais profunda para a experiência imediata: deixando claro que nós não somos facilmente compreensíveis para nós mesmos, nem sabemos ao certo como somos, por que somos e por que agimos de uma ou de outra maneira¹.

Infelizmente a busca por atendimento psicológico pode ser alvo de preconceitos. Todos já ouviram que fulano ou fulana são loucos porque frequentam um espaço psicoterapêutico. Nada mais inverídico. Devemos ter claro que a loucura é um conceito geralmente usado para excluir socialmente os indesejáveis do espaço público e marcá-los com este estigma².

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Certamente a busca por ajuda é uma decisão corajosa e muitas vezes difícil, e pode, também, representar o rompimento de preconceitos que a própria pessoa possa ter com relação sobre si e à saúde mental e assim dar o primeiro passo para a construção de uma vida ainda melhor.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 FIGUEIREDO, L. C. M.; SANTI, P. L. R. Psicologia: uma (nova) introdução. 3. ed. São Paulo:EDUC, 2008. (Série Trilhas).

2 FOUCAULT, M. História da loucura, tradução de José Teixeira Coelho. São Paulo: Perspectiva,

2003.