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Distorção de imagem: passo-a-passo do diagnóstico ao tratamento

Saiba como é realizado o tratamento para distorção de imagem corporal e porque ele é tão importante

Vivemos em uma era onde a percepção da imagem corporal tornou-se um componente intrínseco da vida cotidiana. A influência da mídia, os padrões estéticos impostos pela sociedade e as pressões constantes para se enquadrar em determinados ideais contribuem para a complexidade da relação que temos com nossos corpos. 

Não é incomum, ao pensar neste cenário, que cada vez mais pessoas procuram por procedimentos estéticos de maneira desenfreada, além de recorrerem a dietas milagrosas para atingirem o corpo ideal. No entanto, a distorção de imagem não atravessa a realidade apenas de pessoas que acreditam estar fora do padrão magro compreendido socialmente enquanto ideal, a distorção pode afetar pessoas que desejam ganhar músculos de maneira excessiva, como se nunca fosse suficiente, como é o caso da vigorexia. Há uma série de transtornos de imagem desconhecimento, por isso, a importância de ampliar o leque de possíveis diagnósticos, que estão além da bulimia e anorexia, no que se refere a transtornos alimentares e de imagem. 

Diante desse contexto, compreender a distorção de imagem é fundamental para preservar o equilíbrio emocional e promover uma abordagem mais compassiva em relação a nós mesmos e aos outros.

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Quais são as alterações de imagem corporal?

A imagem corporal vai além da mera aparência física, ela reflete a percepção subjetiva de como nos vemos e como acreditamos que os outros nos veem. As alterações podem se manifestar de maneiras variadas, desde a insatisfação leve até distorções extremas, impactando diretamente a autoestima e o bem-estar emocional. A compreensão dessas nuances é crucial para um diagnóstico preciso e estratégias de tratamento eficazes.

A cultura moderna, impulsionada pela mídia e pela publicidade, muitas vezes cria padrões inatingíveis de beleza. A busca incessante por corpos perfeitos pode levar a uma insatisfação constante, fazendo com que muitos indivíduos se vejam de maneira distorcida, influenciados por uma realidade inatingível.

Quais são os principais distúrbios de autoimagem?

É fundamental aprofundar a compreensão dos principais distúrbios relacionados à autoimagem, reconhecendo a complexidade que cada um traz consigo. 

Anorexia nervosa

A Anorexia Nervosa, por exemplo, vai além da simples restrição alimentar, envolvendo uma percepção distorcida do próprio corpo, levando a uma busca incessante pela magreza extrema. Os riscos físicos e psicológicos associados a essa condição demandam abordagens terapêuticas específicas, não apenas para a restauração do peso corporal, mas também para a transformação da percepção distorcida da imagem corporal.

Bulimia Nervosa

A bulimia nervosa, caracterizada por episódios de ingestão excessiva de alimentos seguidos por comportamentos compensatórios, impõe desafios adicionais. A relação prejudicada com a comida e a compulsão alimentar exigem estratégias terapêuticas que abordam tanto os padrões alimentares quanto às questões emocionais subjacentes, promovendo uma relação saudável com a alimentação e a imagem corporal.

Vigorexia

A vigorexia também conhecida como transtorno da vigorexia, envolve uma obsessão pela construção muscular e uma percepção distorcida da própria força física. Este distúrbio, muitas vezes associado ao uso excessivo de suplementos e práticas extremas de exercício, requer intervenções terapêuticas que abordem não apenas a relação com o corpo, mas também a saúde física e mental em geral.

Ortorexia

Embora menos conhecida, apresenta um desafio único, centrando-se em uma obsessão pela alimentação saudável. A busca incessante por uma dieta "perfeita" pode resultar em restrições alimentares prejudiciais, afetando negativamente a saúde mental e física. Neste caso, a intervenção terapêutica deve se concentrar na reconstrução de hábitos alimentares equilibrados e na promoção de uma relação mais saudável com a alimentação.

Além desses transtornos conhecidos, é crucial reconhecer e abordar distúrbios menos conhecidos que também podem impactar a autoimagem. Cada indivíduo é único, e, portanto, os desafios enfrentados na gestão desses transtornos devem ser abordados de maneira personalizada. 

Nesse sentido, a dismorfia corporal, que envolve uma preocupação excessiva com supostos defeitos físicos, não pode ser subestimada. Este distúrbio pode levar a comportamentos evitativos e uma qualidade de vida significativamente comprometida. A inclusão desse transtorno no panorama mais amplo da distorção de imagem destaca a importância de uma abordagem holística, integrando intervenções terapêuticas que visem não apenas à modificação da aparência física, mas também à promoção da aceitação e do bem-estar emocional.

Portanto, ao reconhecer a diversidade desses distúrbios, podemos desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes e personalizadas, proporcionando suporte abrangente a cada indivíduo afetado. Este entendimento mais profundo não só contribui para a eficácia dos tratamentos, mas também destaca a necessidade contínua de sensibilização, educação e suporte na abordagem dos desafios associados à distorção de imagem corporal.

O que fazer com a distorção de imagem corporal?

Enfrentar a distorção de imagem corporal requer uma abordagem multidisciplinar. Além de terapias cognitivo-comportamentais, estratégias educacionais e intervenções psicossociais desempenham papéis cruciais. Promover uma cultura que valorize a diversidade de corpos, aliada a um suporte social robusto, é fundamental para criar um ambiente que favoreça a aceitação e a construção de uma imagem corporal mais positiva.

A educação sobre saúde mental e a promoção de uma relação saudável com o corpo desde a infância são estratégias-chave. Isso inclui abordar os padrões de beleza impostos pela sociedade, promovendo a auto aceitação e desenvolvendo habilidades de enfrentamento saudáveis.

Quando procurar ajuda para distorção de imagem?

A decisão de buscar ajuda para distorção de imagem não deve ser adiada. Sinais como alterações no comportamento alimentar, isolamento social e declínio na saúde mental exigem atenção imediata. Ao conscientizar a sociedade sobre a importância da busca precoce de apoio profissional, podemos criar um ambiente em que a estigmatização seja reduzida e a recuperação seja facilitada.

A implementação de programas de prevenção nas escolas, ambientes de trabalho e comunidades pode desempenhar um papel crucial. Diante disso, criar espaços seguros para discussões abertas sobre imagem corporal e saúde mental é essencial para normalizar a busca de ajuda e reduzir o estigma associado.

Como é feito o diagnóstico da distorção de imagem?

O diagnóstico preciso da distorção de imagem envolve uma abordagem abrangente, considerando fatores psicológicos, médicos e sociais. A colaboração entre profissionais de saúde mental, nutricionistas e médicos especializados é essencial. Ferramentas como questionários específicos, entrevistas clínicas detalhadas e observação cuidadosa garantem uma avaliação completa, permitindo uma compreensão holística da situação e orientando a formulação de planos de tratamento individualizados.

Conclusão

Ao encerrar este percurso do diagnóstico ao tratamento da distorção de imagem corporal, é vital reconhecer a importância da empatia, compreensão e educação contínua. Construir uma sociedade que promova a aceitação e celebre a diversidade de corpos é um compromisso coletivo. Ao investir na conscientização e no acesso a tratamentos eficazes, podemos proporcionar a milhões de indivíduos uma jornada em direção à saúde mental, bem-estar emocional e uma imagem corporal mais positiva.

Procurar por ajuda psicológica, é um caminho possível para compreender e reconhecer os sintomas atrelados à distorção de imagem, assim como construir ferramentas eficazes para cuidar dos sintomas e prevenir danos futuros. 

Se você está passando por algo parecido ou conhece alguém que esteja, não hesite em procurar ajuda. Entre em contato e agende já uma sessão! 

 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.