Quando devo buscar ajuda para tratar alguns tipos de transtornos

No dia a dia podemos confundir reações sadias com sintomas de vários tipos de transtornos psicológicos. Descubra quando buscar ajuda diante de alguns sintomas.

Todos passamos por dificuldades diariamente, mas em geral seguimos em frente. Como se diz “matamos um leão por dia!”.

No entanto, em algumas ocasiões há eventos que nos trazem emoções ou desafios para os quais não temos resposta, reação, ou que nos desestabilizam de tal maneira que marcam nossa história nos mudando dali em diante.

Ou, ainda, pode ser que haja em nós características desconhecidas e que surgem de modo assustador em algum momento de crise e que também nos desequilibram demais.

Esses e outros eventos podem ser sinais de tipos de transtornos agudos ou crônicos que podem precisar de ajuda psicológica especializada para serem assimilados ou superados.

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Será que tenho algum tipo de transtorno?

Não basta exibir qualquer sintoma relacionado a determinados tipos de transtornos para que você seja diagnosticado com um transtorno mental.

É preciso que haja prejuízo evidente em uma ou mais áreas da sua vida entre outras características para que um especialista possa considerar um diagnóstico de algum tipo de transtorno mental.

Podemos iniciar nossa exploração de alguns tipos de transtornos pelos transtornos de humor.

Transtornos de humor

O humor segundo alguns pesquisadores é o estado mais duradouro e basal do afeto. Ele pode se apresentar eutímico (em sintonia com o ambiente), depressivo, eufórico, ansioso ou irritado.

Oscilações repentinas ou frequentes nesse afeto podem indicar um transtorno do humor, como um transtorno depressivo ou transtorno bipolar e suas variações, além de outros tipos de transtornos de humor.

Nos transtornos de humor, assim como em outros tipos de transtornos, a vontade pode ser afetada. Nesse caso, podemos perceber aumento ou diminuição de realização de desejos, impulsividade ou estupor, e ainda uma postura ativa ou passiva diante da vida.

A depressão e a ansiedade costumam se destacar em levantamentos estatísticos sobre diagnósticos e reclamações na área da saúde mental em todo o mundo ocidental.

De fato, a ansiedade costuma acompanhar a depressão e outros transtornos, tendo inclusive uma seção dedicada a ela nos dois manuais mais utilizados por profissionais da área da saúde mental no mundo, o DSM (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM 5) e o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID 10).

Transtornos de personalidade

Entre os diversos tipos de transtornos psíquicos estão os transtornos de personalidade.

Um transtorno de personalidade pode envolver prejuízo na afetividade, psicomotricidade, e, sobretudo, na personalidade da pessoa afetada.

Esses tipos de transtornos podem estar latentes desde o nascimento e eclodir no final da infância ou na adolescência.

O transtorno de personalidade ansiosa, paranoide, ou narcisista são alguns dos tipos de transtorno de personalidade listados nos manuais médicos psiquiátricos.

Há um padrão anormal de comportamento que é constante, e de longa duração. Esse padrão é invasivo e evidentemente mal-adaptado, considerando o contexto cultural e as inclinações individuais da pessoa.

As manifestações sempre aparecem durante a infância ou adolescência e continuam pela vida adulta.

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Outros tipos de transtornos

Além dos transtornos do humor, ansiedade e de personalidade há outros tipos de transtornos psíquicos.

Temos a esquizofrenia e outros transtornos psicóticos, transtornos somatoformes, que envolvem a sensopercepção de si mesmo, transtornos conversivos e outras dezenas de diagnósticos listados nos manuais clínicos de referência que mencionamos acima no texto.

Alterações na atenção, percepção, vontade, pensamento e consciência podem sinalizar problemas orgânicos e/ou psíquicos que podem contar com uma avaliação especializada.

O que podemos dizer é que todo transtorno mental traz prejuízos, seja na interação com os outros ou consigo mesmo.

Qualquer dificuldade de relacionamento ou outros sintomas, quer sejam pontuais ou frequentes, podem denunciar a existência de algum tipo de transtorno psíquico subjacente.

Indicação para psicoterapia

Os inúmeros tipos de transtornos mentais existentes demonstram um desequilíbrio desadaptativo que afeta, e/ou tem sua etiologia ligada a contextos social, cultural, biológico e fisiológico do indivíduo.

Essa instabilidade se transmite através de diferentes sintomas que são evidentes ou obscuros para a pessoa que sofre com eles e para as pessoas do seu círculo de convivência.

Dessa situação pode decorrer inúmeros mal entendidos e sofrimentos que contribuem para a manutenção de um mal-estar não só pessoal como muitas vezes coletivo.

Nesse contexto, a visita a um psicólogo pode ser essencial para se retomar o rumo da própria vida.

Uma psicoterapia pode ter início e promover bem-estar onde antes havia sofrimento.

Uma boa psicoterapia pode promover ativamente o desenvolvimento emocional e moral, melhorando assim a capacidade de reflexão e proporcionando uma melhor integração da própria identidade ou self.

Além disso, a psicoterapia também possibilita uma percepção do outro como uma existência independente com suas próprias necessidades que devem ser respeitadas, pois esses aspectos afetam a interação social e a qualidade da sociedade como um todo.

Agende sua consulta

Para lidar com diferentes tipos de transtornos você pode contar com auxílio profissional. Basta que você esteja disposto e consciente de algumas das suas dificuldades para transmiti-las a um psicólogo.

A indicação do melhor tratamento para seu caso será feita individualmente e de modo sigiloso, de acordo com um diagnóstico que privilegie suas necessidades reais.

Agende agora sua consulta com um de nossos profissionais.

Referências

Nunes Filho, Eustachio Portella. Psiquiatria e saúde mental: conceitos clínicos e terapêuticos fundamentais. Atheneu, 2001.

CORDIOLI, Aristides Volpato; GREVET, Eugenio Horacio. Psicoterapias: Abordagens Atuais. Artmed Editora, 2018.