5 fatos sobre deficit de atenção

Atenção!

A atenção é um processo mental essencial para o aprendizado e desempenho de tarefas ou disciplinas, como na escola de educação formal, por exemplo- aquela que no Brasil é dividida em ciclos como o fundamental. Ela depende de fatores fisiológicos, motivacionais e da concentração do estímulo- sua intensidade e capacidade de atração da pessoa¹.

 

 

Um deficit neste processo pode acarretar prejuízo na percepção do ambiente, tanto externo quanto interno do indivíduo. Assim, um deficit de atenção pronunciado, com duração prolongada ou mesmo presente e recorrente num cenário específico pode oferecer um grande prejuízo.

História do TDAH:

No discurso neurocientífico o transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) surgiu na literatura médica da primeira metade do século XX, e, a partir de então, foi batizada e rebatizada muitas vezes. Em menos de um século de vida, o transtorno mudou de classificação mais de 10 vezes².

Em certos momentos, o aspecto que mais caracterizava o quadro era a hiperatividade que, em seguida, foi destronado pela desatenção que, também em seguida, foi transformado em um aspecto menor das funções executivas. Houve um tempo em que nenhum deles era visto como o aspecto definidor do transtorno³.

O TDAH é uma doença crônica:

Uma pesquisa realizada em 2016¹- através de revisão de literatura especializada- demonstrou que há um consenso de que o TDAH é o distúrbio comportamental mais diagnosticado na infância, sendo considerado uma doença crônica que, portanto, persiste pela adolescência e até mesmo na idade adulta.

No entanto, no mesmo estudo não se encontrou uma explicação do porque algumas pessoas apresentam o transtorno após a infância e no decorrer da vida e outras não.

Gênero e TDAH:

Uma das questões que geram incertezas é que dados estimam que há maior incidência do TDAH em meninos do que em meninas, no entanto não consta na literatura pesquisada qualquer apontamento de que os meninos são mais suscetíveis ao transtorno¹.

Considerações sobre o diagnóstico de TDAH:

Muitas vezes, por falta de conhecimento do(a) profissional responsável pelo atendimento, a criança é diagnosticada com TDAH, no entanto ela passa por problemas familiares, ou tem prejuízos sensoriais, algum outro transtorno ou até mesmo apresenta um comportamento normal para sua idade. Mas por conta do diagnóstico ela passa a ser rotulada com o TDAH e é até medicada sem precisão, o que pode acarretar um sério prejuízo em sua vida³.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493 

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1 REIS, Giselle Vieira; SANTANA, Maria Silva Rosa. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): DOENÇA OU APENAS RÓTULO?. ANAIS DO SCIENCULT, v. 2, n. 1, 2016.

2 CALIMAN, Luciana Vieira. Notas sobre a história oficial do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade TDAH. Psicologia: ciência e profissão, v. 30, n. 1, p. 46-61, 2010.

3 ROHDE, Luís Augusto P. BENCZIK, Edyleine B. P. Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: o que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artmed, 1999.