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Tristeza Profunda e autofobia têm tratamento psicológico?

A tristeza profunda e a autofobia não estão ligadas, necessariamente, a um diagnóstico psicopatológico como depressão. Ambas podem ser tratadas com psicoterapia e não precisam ser vistas como sentenças de infelicidade eterna. Não se preocupe e se informe conosco para obter ajuda.

A tristeza profunda e a autofobia não estão ligadas, necessariamente, a um diagnóstico psicopatológico como depressão. Ambas podem ser tratadas com psicoterapia e não precisam ser vistas como sentenças de infelicidade eterna. Não se preocupe e se informe conosco para obter ajuda. 

A psicanálise acredita que a tristeza profunda difere da depressão por ser provocada por algum evento externo, enquanto a depressão independe de causas externas.

Embora não seja intencional, tendemos a transmitir a mensagem de que a tristeza é ruim e deve ser evitada. No entanto, a ciência já mostrou que a tristeza pode agir como uma emoção adaptativa e oferecer benefícios reais.

Então, por que evitamos tanto a tristeza?

 

Tristeza em nossas vidas

 

Há, sem dúvida, um forte componente cultural contemporâneo que tenta nos vender sempre a ideia de que a felicidade é o nosso único objetivo.

Frequentemente é veiculada a ideia de que essa felicidade se torna palpável quando exibimos um corpo branco, jovem, malhado, vestido com roupas da moda, cercado de bens materiais caríssimos, e, assim, exclusivos, sendo a cena emoldurada numa postagem em rede social.

A tristeza não vende, e a tristeza profunda, então, não está sequer no menu.

A autofobia é outra face dessa tristeza, a evitação da solidão, pode ser, muitas vezes, uma tentativa de se esquivar de si mesmo. E pagar esse preço às vezes significa viver relações tóxicas e abusivas.

A maioria de nós tem, em vários graus, medo de que o contato com qualquer tristeza atinja esse poço de emoção enterrada. Esse medo pode nos levar a buscar métodos para cortar nossas emoções.

 

Origens da tristeza profunda

 

Desde o momento em que os antigos gregos verificavam um medo e uma tristeza persistentes, o diagnóstico lhes parecia garantido: aos olhos da ciência moderna, eles confundiam assim depressões endógenas, depressões reacionais, esquizofrenias, neuroses ansiosas, paranoias etc.

Desse conglomerado primitivo, certas entidades clínicas mais distintas se destacaram aos poucos, e sucederam-se hipóteses explicativas as mais contraditórias.

Assim, as soluções propostas no correr dos séculos para o tratamento da melancolia, da tristeza profunda, não se dirigem nem à mesma doença nem às mesmas causas.

Umas pretendem corrigir uma discrasia humoral, outras visam a modificar um estado particular de tensão ou de relaxamento nervoso, outras ainda são aplicadas para desviar o doente de uma ideia fixa.

Está claro que os diferentes tipos de tratamento que vamos encontrar dirigem-se a estados clínicos e a sintomas que hoje julgaríamos muito distantes uns dos outros.

 

Gatilhos de tristeza

 

A tristeza profunda pode estar ligada a sentimentos de inadequação e medo de lidar com esses conteúdos, o que provocaria questionamentos a respeito dos fundamentos de ideias e sentimentos nem sempre plausíveis sob a luz da razão e emoção- verdadeiros, de fato, para si.

Algumas pessoas apontam que a necessidade de uma "vida perfeita" ideal reflete numa insatisfação com aqueles que não conseguem alcançar esse ideal perfeito.

Aí vemos a criação de uma dinâmica de cobrança social sobre os indivíduos para que sigam as regras culturais daquela comunidade.

Desde esse lugar de insatisfação a pessoa “mal sucedida” nutre dentro de si conflitos, sentindo-se derrotada e se isolando.

 

Como diferenciar tristeza e depressão?

 

Como não poderia deixar de ser, vemos no dia a dia que há uma linha tênue entre distúrbios mentais e violência, desemprego, conflitos de sexualidade e gênero, insatisfação nas relações pessoais, pobreza e condições insalubres.

Algumas dessas causas podem promover estados emocionais mais ou menos patológicos, ofendendo nosso equilíbrio íntimo.

Os ritmos de vida cada vez mais acelerados aumentam a tensão diariamente, consequentemente desencadeando mais casos de tristeza profunda e/ou autofobia.

Dizemos que a tristeza é passageira enquanto a depressão é um estado permanente de desânimo e desinteresse pela vida.

 

Depressão e tristeza

 

Tornou-se natural classificar a depressão como o ‘mal do século’, por haver um aumento de diagnósticos, classificada como uma das doenças psicológicas mais comuns.

A depressão é um distúrbio responsável pelo sentimento de tristeza profunda, isolamento, insensibilização, falta de apetite e apatia.

Em casos extremos, dependendo da gravidade, pode resultar no suicídio. Porém, a falta de informações sobre o transtorno e suas manifestações pode dificultar sua identificação.

Por estar associada a outros quadros psicopatológicos, como a autofobia, crises de pânico, transtornos alimentares entre outros, a tristeza profunda pode passar despercebida.

 

Depressão e sociedade

 

No passado as pessoas sentiam insatisfação em relação às regras autoritárias, do controle estatal ou do absolutismo monárquico.

Atualmente o vazio depressivo emerge diante da nossa autonomia, há uma ideia de liberdade, porém, não sabemos qual direção tomar.

Quando estamos em um estado depressivo, muitas vezes nos sentimos entorpecidos ou amortecidos emocionalmente.

Podemos ter sentimentos de vergonha, culpa ou de ódio de nós mesmos, todos os quais provavelmente interferem em comportamentos mais construtivos, gerando, em vez disso, falta de energia e vitalidade. A tristeza, por outro lado, pode ser um despertar interior.

Em nossas vidas experimentamos frustrações, lutos e desilusões Enfrentamos a dor das questões existenciais, perdas, doenças e deterioração e, em última instância, da morte.

Às vezes, sucumbimos diante da tristeza, nos aprofundando nela como se não conseguíssemos desviar os olhos da tela do cinema onde cenas lamentáveis se sucedem sem fim.

 

Tratamentos psicológicos para tristeza profunda e autofobia

Inicialmente é preciso um diagnóstico preciso sobre a condição que você experiencia.

Através de entrevistas, e até mesmo de testes clínicos, é possível se chegar às causas e, talvez, à estrutura psicológica negativa que promove seu sofrimento.

Desde técnicas de associação livre, como na psicanálise, até exercícios de exposição e modelagem de comportamentos como na terapia cognitiva comportamental, a psicologia pode oferecer alívio e solução para problemas como tristeza profunda e autofobia.

 

Como tratar tristeza profunda

 

Melhorar seu autocuidado e autoconhecimento podem ser o bastante para se livrar de dificuldades criadas por extrema tristeza ou um quadro monofobia.

Mesmo que você já tenha se esforçado, sozinho(a) para superar crises de tristeza, isolamento ou problemas de relacionamento interpessoal, sem uma pessoa habilitada para lhe apoiar seus esforços podem ter soado inúteis.

Em primeiro lugar não se julgue tão asperamente. Todos precisamos de ajuda vez ou outra. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas sim de força interna, de reconhecer seus limites e estar aberto(a) para aprender e receber auxílio de outros.

Entre em contato conosco e agende uma avaliação para ser acolhido(a) e saber se o que você acredita ser uma tristeza profunda é algo mais, e tenha o tratamento adequado para seus problemas.

 

Busque atendimento profissional

O que fazer para superar a tristeza?

 

A tristeza profunda não precisa ser uma doença incurável. Melancolia, depressão e outros estados de ânimo e descrições médicas já acompanharam a tristeza no correr dos séculos.

Eventos infelizes ocorrem com todos, o que diferencia nossas reações são componentes sociais e psicológicos. 

Assim, podemos e devemos aprender a lidar, imediatamente, com nossas mentes, fortalecê-las para aguentar impactos que em outros momentos de nossas vidas seriam terríveis.

Agende sua consulta e encontre apoio para seguir em frente.

Marisa de Abreu Psicóloga

CRP 06/29493

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

Referências:

DA COSTA, Selma Balbino; DOS SANTOS, Thaina Pereira; DE ANDRADE AOYAMA, Elisângela. A expansão do transtorno depressivo nos dias atuais. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2020.

STAROBINSKI, Jean. A tinta da melancolia: uma história cultural da tristeza. Editora Companhia das Letras, 2016.

 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.