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Sente que as pessoas não gostam de você? Saiba como buscar ajuda

Ter ou não muitos amigos, ou mesmo um par romântico não é essencial para que você tenha valor. Falhar em reconhecer suas próprias potencialidades e brilhos pessoais pode ser consequência de uma aura negativa mantida por você mesmo(a). Como buscar ajuda para lidar com relacionamentos ruins? Veremos mais sobre esse sentimento e opções de ajuda psicológica a seguir.

Ter ou não muitos amigos, ou mesmo um par romântico não é essencial para que você tenha valor. Falhar em reconhecer suas próprias potencialidades e brilhos pessoais pode ser consequência de uma aura negativa mantida por você mesmo(a). Como buscar ajuda para lidar com relacionamentos ruins? Veremos mais sobre esse sentimento e opções de ajuda psicológica a seguir.

O que fazer quando as pessoas não gostam de você?

Talvez você acredite que as pessoas não gostam de você porque lhe faltam adjetivos positivos, você não é boa o bastante para ser querida por ninguém. Seria verdade essa afirmação? Muitas vezes nossa percepção nos prega peças, como ilusões óticas.

Podemos não nos achar belos(as) como idealizamos que uma pessoa deva ser para manter um relacionamento romântico, por exemplo. A nossa cultura é pródiga em estabelecer modelos irreais de beleza e relacionamentos a que nos prendemos diariamente, submetendo nossas aspirações a ficções irrealizáveis.

Separar o real do imaginário pode ser difícil. Uma emoção pode carregar ou tirar as cores de eventos da nossa história, como quando ficamos ruminando sobre uma cena passada que nos traz tristeza e ficamos presos a ela como num torvelinho inescapável.

E, às vezes, por não nos acharmos bons o bastante mantemos relacionamentos ruins para nós. Podemos insistir numa amizade que não nos acrescenta nada, não nos ajuda a evoluir e não nos traz bons sentimentos.

O que dizer, então, dos chamados relacionamentos tóxicos, abundantes em nossa sociedade de desigualdades econômicas e sociais reproduzidas em nossas casas, trabalhos e associações.

Existe a possibilidade de você estar se enganando e construindo relações ruins pra si, baseadas em imagens irreais sobre os outros ou si mesmo(a).

Psicoterapia psicodinâmica para relacionamentos

A questão do abandono pode surgir bem cedo na nossa vida. Na primeira infância o desaparecimento momentâneo da mãe pode ser vivenciado como um vazio, ou como uma traição ou abandono que não admite explicações.

Nossas relações com o mundo interno e externo são marcados pelas nossas relações com nosso círculo mais próximo de pessoas, geralmente os pais, mas quaisquer cuidadores e outros que habitem o universo imediato de nossa percepção em desenvolvimento.

Para a psicanálise quando essa primeira simbolização efetivamente ocorre, da falta, ou abandono, da mãe a criança busca uma resposta para a questão do desejo da mãe. As ausências dela mostram que existe algo que a atrai para longe. E isso significa que ela não é onipotente, que lhe falta algo: caso contrário, por que ela se sentiria tão atraída?

Então a criança inicia um processo de sedução da mãe, para atraí-la e mantê-la por perto. Esses novos esforços seguem o mesmo molde imaginário: a criança almeja tornar-se uma imagem que ela não é. Numa terceira etapa, há o reconhecimento do fato de que isso está fadado ao fracasso. A criança compreende então que o ímã para além da mãe não pode ser ele, mas está ligado de algum modo ao pai.

Essa marca inicial na formação de uma integridade psicológica em constante diálogo com o mundo pode deixar sequelas nessa primeira constelação triangular entre criança e seus pais que é capaz de fixar o abandono enquanto algo que não foi totalmente processado no caminho até a maturidade física.

O(a) psicoterapeuta irá abordar o abandono e a busca por validação de outras pessoas nas sessões entre vocês. Geralmente semanais os encontros podem se estender por meses ou até anos, devido ao escopo profundo de ação de algumas técnicas. Mas tudo é considerado logo no início da terapia.

 

Terapia do esquema quando as pessoas não gostam de você 

A terapia do esquema incorporou uma variedade de técnicas da Gestalt e terapias focadas na emoção e através do trabalho com técnicas da terapia cognitiva comportamental aliado a observação e psicometria através de testes a terapia oi criado um modelo para lidar com o que se nomeou de esquemas.

Um modelo de 18 esquemas e diretrizes foram desenvolvidos para o tratamento de esquemas e estilos de enfrentamento que utilizaram toda a gama de técnicas cognitivas comportamentais focadas na emoção.

 

Esquemas ruins de relacionamentos 

A terapia do esquema nos mostra que podemos estar sob o domínio de um ou mais esquemas desadaptados em nossa vida.

Na neurose do abandono, ou no transtorno borderline, por exemplo, você pode acreditar que as pessoas não gostam de você por conta de um esquema que se organiza em torno do abandono.

Num esquema de abandono você pode escolher relacionamentos em que a outra parte não manterá compromissos contigo, seja por conta de uma característica pessoal do outro que você perceba, ou, ainda, por conta de suas ações que provoquem o abandono, de novo e de novo.

Neste mesmo esquema além de se evitar relacionamentos íntimos você pode sufocar a outra parte com constantes cobranças, acusações, até carinhos, mesmo na mais curta separação.

Outro esquema que pode estar ativo fazendo com que você tenha a impressão de que as pessoas não gostam de você é de isolamento social. Você se isola e evita contatos com outras pessoas com medo da rejeição. Talvez você se torne supercrítico(a) dos outros, onde só pareça haver diferenças e você seja superior ao restante da sociedade, não lhe restando opção a não ser a solidão.

Ainda é provável que você se torne muito flexível e mutável na sua expressão pessoal, se adaptando a diferentes situações e pessoas para evitar atritos.

Certamente que pode haver outros esquemas envolvidos no pensamento “as pessoas não gostam de você”. Um(a) psicoterapeuta poderá ajudar na detecção de tais estruturas e na sua desconstrução. Entre em contato conosco e agende uma avaliação.

 

Técnicas Cognitivas

As técnicas cognitivas desempenham um papel importante na terapia do esquema. Os dois objetivos principais dessas técnicas são a educação e a reestruturação cognitiva. O aspecto educacional está focado em ensinar as pessoas sobre as necessidades normais e emoções normais.

As necessidades normais incluem estar seguro, ter uma "base estável", receber amor e carinho, ser aceito(a) e ter sua existência afirmada, ser tratado(a) com empatia, receber orientação e proteção adequadas e ter seus sentimentos e necessidades validados.

A terapia do esquema entende que todas as crianças têm o direito de ter essas necessidades essenciais satisfeitas; problemas no desenvolvimento normalmente ocorrem quando não são atendidos.

 

Independente da teoria a sensação de não ser uma pessoa querida por ninguém é terrível e pode ir nos corroendo lentamente até nos transformarmos em estátuas. 

Os motivos podem estar na nossa infância ou em algum acontecimento recente que nos traumatizou, como um divórcio, um falecimento ou outro que tenha pesado dentro de nós e ainda ecoe dores que levamos conosco todos os dias.

Para auxiliar na recuperação dessas feridas e para seguir em frente sem se perder olhando para trás fale conosco, o auxílio está disponível para quem buscá-lo.

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

Referência

LEADER, Darian. O que é loucura?: Delírio e sanidade na vida cotidiana. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2013.

Kellogg, S. H., & Young, J. E. (2006). Schema therapy for borderline personality disorder. Journal of Clinical Psychology, 62(4), 445–458. doi:10.1002/jclp.20240



Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.