Para saber se você é vítima de uma compulsão talvez um exercício de auto-observação seja o bastante para reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda de um(a) psicólogo(a).

Para saber se você é vítima de uma compulsão talvez um exercício de auto-observação seja o bastante para reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda de um(a) psicólogo(a).

Vamos apresentar algumas questões sobre as quais você poderá refletir sobre a frequência com que você executa, ou não, as ações propostas nestas questões: “muito frequentemente”, “frequente”, "às vezes", “raramente” ou “nunca”.

As questões são baseadas na adaptação do Compulsive Buying Scale (Escala de Compras Compulsivas), ou CBS, para o português do Brasil. Ele é instrumento breve e de fácil aplicação, apresenta como vantagem abarcar as principais dimensões do transtorno, sendo elas a compulsão pelas compras e o comportamento impulsivo.

Aqui temos somente uma amostra do verdadeiro teste e que deve ser visto somente como um convite a reflexão em sua exposição neste texto.

Pensando que o comportamento compulsivo envolve uma fissura que é incontrolável e que só se consegue obter alívio da tensão cedendo a esses impulsos- aqui no exemplo do teste seriam as compras excessivas- podemos tentar extrapolar seu conteúdo e pensar em um tipo de estímulo, como comida, sexo, jogo ou outro que você perceba como constante e talvez incontrolável em sua vida para substituí-lo nas afirmativas.

Ceder à compulsão é seguido de prazer, satisfação ou alívio; no entanto, essas sensações são seguidas de culpa, autorrecriminação e lamentação.

Reflita sobre as afirmativas abaixo, substituindo o ato de comprar por aquele que você considera irresistível e frequente na sua vida:

1. se sobra algum dinheiro ao final do período de pagamento, tenho que gastá-lo;
2. já senti que os outros ficariam horrorizados se soubessem dos meus hábitos de comprar;
3. comprei coisas apesar de não conseguir pagar por elas;
4. comprei algo para me sentir melhor comigo mesmo(a);
5. senti-me ansioso(a) ou nervoso(a) em dias em que não fui às compras;

Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493

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Referência

LEITE, Priscilla Lourenço et al . Tradução e adaptação semântica da Compulsive Buying Scale para o português brasileiro. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro , v. 60, n. 3, p. 176-181, 2011.