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O que você não sabia sobre o estresse emocional

De modo geral, podemos pensar no estresse como um conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e emocionais que colocam o organismo numa condição de ativação adequada para  enfrentar  demandas  específicas  da  vida.  Mas ainda há controvérsias sobre a conceitualização do estresse.

De modo geral, podemos pensar no estresse como um conjunto de respostas fisiológicas, cognitivas e emocionais que colocam o organismo numa condição de ativação adequada para  enfrentar  demandas  específicas  da  vida.  Mas ainda há controvérsias sobre a conceitualização do estresse.

Sob o prisma biológico o estresse seria uma reação natural correspondente à fase de alerta que inicia a síndrome geral de adaptação: conceito caracterizado quando o organismo, submetido à ação de um agente estressor, apressa-se em mobilizar todas as suas defesas, como um alarme. Caso as defesas funcionem a contento, o organismo entra num período de resistência. Mas se a ação do agente estressor for intensa e continuada, ou se as defesas se mostrarem fracas, o organismo deixa de lutar (fase de exaustão), porque as defesas orgânicas não podem ser mantidas indefinidamente.

Já na década de 1990 novas pesquisas vêm enriquecer o debate sobre o estresse, suas definições e mecanismos. Constrói-se o conceito de que o estresse é um processo psicofisiológico do organismo e a reação de estresse é o comportamento manifestado pelo organismo ante o processo desencadeado por um agente estressor/nocivo.

Nesse contexto, sob influência dos recentes avanços nas pesquisas em neurociências, genética e biologia molecular, pesquisas têm sido desenvolvidas envolvendo de forma isolada ou associada os aspectos biológicos, psicológicos e sociais da resposta ao estresse.

Estresse positivo?

O estresse moderado e pontual pode alimentar a motivação e a criatividade. Porém, quando situações que desfiam o equilíbrio do organismo não são resolvidas, as respostas de estresse precisam ser mantidas para fazer frente a agressão contínua (a fase de resistência). Finalmente, os processos de estresse exaurem o organismo, causando danos à saúde física e psicológica e reduzindo a longevidade (a fase de esgotamento).¹

Coping

Ligado ao estresse existe o conceito de coping, definido como um conjunto de esforços, cognitivos e comportamentais que são utilizados pelas pessoas para lidar com demandas específicas, internas ou externas, que surgem em situações de estresse e são avaliadas pelo sujeito, sobrecarregando ou excedendo seus recursos pessoais.²

Desse modo, podemos pressupor que um evento estressor é interpretado conforme a percepção do sujeito, por isso, existem diversos fatores que podem influenciar em tal processo avaliativo como, por exemplo, a resiliência e o otimismo.²

Obesidade

Entre os indivíduos com sobrepeso e obesidade identificou-se, nas últimas décadas, uma relação expressiva entre a gordura visceral abdominal e a resistência insulínica (RI), formando um grupo heterogêneo de manifestações chamadas inicialmente de síndrome X, sendo posteriormente denominado de síndrome metabólica (SM). A SM descreve um conjunto de transtornos clínicos e metabólicos relacionados a fatores de risco cardiometabólicos que predizem a doença cardiovascular e/ou diabetes mellitus.³

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Estudos revelam a inter-relação entre estresse e SM em trabalhadores com índice de massa corporal acima do adequado.³

Porém, a perspectiva de se obter uma evidência científica sobre o estresse do trabalhador e um subsequente desenvolvimento da obesidade ou de ordem inversa ainda é uma inter-relação controversa.³

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

1 COUTO, Gleiber; VANDENBERGHE, Luc; BRITO, Emerson de Araujo Garro. Interações interpessoais e estresse entre policiais militares: um estudo correlacionai. Arq. bras. psicol.,  Rio de Janeiro ,  v. 64, n. 2, p. 47-63, ago.  2012 .

2 FERREIRA, Mariana Barbosa Leite Sérgio et al. Estratégias de enfrentamento, resiliência e otimismo em mulheres no pós-tratamento do câncer de mama. 2018.

3 NASCIMENTO, I. B.; FLEIG, R.; SILVA, J. C. Relação entre obesidade e estresse no ambiente ocupacional: fundamentos sobre causas e consequências. R. bras. Qual. Vida, Ponta Grossa, v. 8, n. 4, p. 296-311, out./dez. 2016.

Referência:

Silva RM, Goulart CT, Guido LA. Evolução histórica do conceito de estresse. Rev. Cient. Sena Aires. 2018; 7(2): 148-56.

 

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.